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segunda-feira, 30 de julho de 2012

ASG pede olhar do poder público sobre os mais carentes


Se de um lado da folha salarial do poder público há os abastados, do outro existem os que sobrevivem com o mínimo. Essa é a realidade vivenciada pela Assistente de Serviços Gerais (ASG) Cledna Maria Pereira (FOTO), 40, lotada no quadro de efetivos do governo do estado há 26 anos. Com uma remuneração líquida média de R$ 600,00 mensais, ela precisou "fazer milagre" para criar sozinha seus três filhos, que hoje estão com 22, 20 e 19 anos.

A dificuldade sempre fez parte da vida de Cledna. Cada centavo sempre foi ganhado com muito suor. Ela acorda diariamente às 4h30 da madrugada para fazer os serviços domésticos e, em seguida, ir para o batente. Ela é ASG na Escola Estadual 11 de Agosto, localizada no município de Umarizal. Na Escola, faz a limpeza e a merenda escolar.

Após sair do expediente, ao meio dia, a ASG precisa fazer bicos para complementar a renda. "Tenho muita dificuldade para pagar minhas contas e sobreviver com tão pouco. Uma forma de superar isso foi fazendo diárias em outros lugares. Quando saio do trabalho, faço bico de diarista para completar a renda. Ganho cerca de R$ 500,00 com esses serviços", contou.

Com Plano de Cargos e Salários para sua categoria implantado em lei, mas nunca pago, Cledna reclama da diferença não só no salário, mas no atendimento dos pleitos, entre os mais humildes e os tubarões da folha salarial do poder público. "Gostaria que os governantes e a Justiça pelo menos olhassem pelos nossos direitos. Mas, o que vemos é o favorecimento sempre somente dos que já ganham muito", reclamou.


Fonte: DN online.