Se de um lado da folha
salarial do poder público há os abastados, do outro existem os que sobrevivem
com o mínimo. Essa é a realidade vivenciada pela Assistente de Serviços Gerais
(ASG)
Cledna Maria Pereira (FOTO), 40, lotada no quadro de
efetivos do governo do estado há 26 anos. Com uma remuneração líquida média de
R$ 600,00 mensais, ela precisou "fazer milagre" para criar sozinha
seus três filhos, que hoje estão com 22, 20 e 19 anos.
A dificuldade sempre
fez parte da vida de
Cledna.
Cada centavo sempre foi ganhado com muito suor. Ela acorda diariamente às 4h30
da madrugada para fazer os serviços domésticos e, em seguida, ir para o
batente.
Ela é ASG na Escola Estadual
11 de Agosto, localizada no município de Umarizal. Na Escola, faz a
limpeza e a merenda escolar.
Após sair do
expediente, ao meio dia, a ASG precisa fazer bicos para complementar a renda.
"Tenho muita dificuldade para pagar minhas contas e sobreviver com tão
pouco. Uma forma de superar isso foi fazendo diárias em outros lugares. Quando
saio do trabalho, faço bico de diarista para completar a renda. Ganho cerca de
R$ 500,00 com esses serviços", contou.
Com Plano de Cargos e
Salários para sua categoria implantado em lei, mas nunca pago,
Cledna reclama da diferença não
só no salário, mas no atendimento dos pleitos, entre os mais humildes e os
tubarões da folha salarial do poder público. "Gostaria que os governantes
e a Justiça pelo menos olhassem pelos nossos direitos. Mas, o que vemos é o favorecimento
sempre somente dos que já ganham muito", reclamou.
Fonte: DN online.