Veja como ficou a sede do SINTE depois da Reforma

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Esclarecimentos sobre o PCCR dos funcionários aprovado em 30/06/2010

1 - O Plano de Carreira dos funcionários contemplará todos os funcionários. Incluindo ai os inativos e pensionistas, conforme o artigo 35;
2 - Em até quinze dias será formada uma Comissão de Enquadramento e acompanhamento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração de acordo com o artigo 11º, do Plano de carreira aprovada. Essa comissão terá cento e vinte dias para realizar o enquadramento de todos os funcionários;
3 - Orientamos a todos os funcionários, organizarem toda a sua documentação para o Enquadramento. Sugerimos juntar todos os documentos, ou seja, toda documentação que trate da titulação do funcionário no atual cargo e da sua educação forma;
4 - Com esse Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, o governo estadual cria o Quadro Único, com isso o Estado do Rio Grande do Norte garante uma Carreira e uma Carreira Gerencial;
5 - Todos os funcionários serão enquadrados levando em consideração o seu cargo hoje, ou seja, ASG, TED e TNS. Após o enquadramento os funcionários passarão para a seguinte nomenclatura: ASG – Grupo de Nível Operacional (GNO), TED – Grupo de Nível Médio (GNM) e o TNS – Grupo de Nível Superior (GNS);
6 - Após três anos da implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos funcionários os mesmos serão promovidos levando em conta o Desempenho e a Capacitação;
7 - A tabela salarial foi construída levando em conta a seguinte forma: o inicial do GNO = Um salário Mínimo e meio; o inicial do GNM = Dois Salários Mínimos e Meio e o inicial do GNS = Cinco Salários Mínimos. Entre o Piso inicial e o Teto de cada classe foi usado o mecanismo de vinte por cento de diferença;
Fonte: Direção Estadual do SINTE/RN/

sábado, 10 de julho de 2010

Média escolar piora em 20%, no Brasil

Oito estados não conseguiram cumprir metas previstas para ensinos médio e fundamental
BRASÍLIA - O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), principal indicador de qualidade do ensino brasileiro, caiu em mais de mil municípios no ano passado. Embora todas as médias nacionais tenham subido de 2007 para 2009, ultrapassando as metas bienais estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), 1.146 cidades registraram queda do Ideb nos anos finais (do 6º ao 9º) do ensino fundamental, o equivalente a 21% do total de municípios avaliados nesse nível de ensino. Nos demais municípios, a nota subiu ou ficou igual.

Nessa mesma faixa de ensino (6º ao 9º ano), 1.299 (23%) cidades não conseguiram alcançar sequer as metas de 2009. O mesmo ocorreu com 792 municípios (14%) em relação às turmas dos anos iniciais do ensino fundamental.

Mesmo nos anos iniciais (do 1º ao 5º ) do ensino fundamental, etapa que teve o maior avanço em termos nacionais, 632 cidades - ou 11% - apresentaram pior desempenho no ano passado, em comparação com 2007. O Distrito Federal e Roraima foram as duas únicas unidades da federação a sofrer queda no Ideb. Isso ocorreu no ensino médio, etapa que vive o pior momento no país. No DF, o Ideb caiu de 4 para 3,8. Em Roraima, a redução foi de 3,5 para 3,4.

Na média nacional, o Ideb aumentou em todas as etapas consideradas. Nos anos iniciais do ensino fundamental, o índice subiu de 4,2, em 2007, para 4,6, em 2009. A escala vai até 10. Nos anos finais, o avanço foi mais modesto: de 3,8 para 4. E, no ensino médio, ainda mais tímido: de 3,5 para 3,6.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Congresso Nacional da Classe Trabalhadora, Em Santos/SP

A luta transcende as fronteiras dos estados e municipios na busca de estratégias para tornar o enfrentamento dos trabalhadores com os governos e os patrôes mais eficientes, e assim, fortalercer as lutas em defesa dos nossos direitos na busca da construção de uma sociedade socialista.É nesse sentido que lutamos sempre e é por isso que tambem estavamos lá. 
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Comando contra o trabalhador, aceito por Lula, vem de fora

Obama apela para países em crise continuarem sustentando capitalistas e banqueiros.


Com a clara intenção de manter os interesses econômicos da burguesia, o governo Obama suplica para os países em crise para que continuem tirando dinheiro dos cofres públicos para alimentar os bancos e capitalistas falidos.
Na última sexta-feira, Barack Obama fez um chamado aos demais países em crise para que não retirassem os programas econômicos de estímulo implantados para conter a crise.
Obama “aconselhou” os países a manterem os planos econômicos, pois a crise ainda não está no fim, "Nós devemos ser flexíveis ao ajustar o ritmo da consolidação e aprender com os erros do passado, quando estímulos foram retirados muito rapidamente, o que resultou em renovadas dificuldades econômicas e recessão" (BBC, 18/6/2010).
O recado foi dado dias antes da reunião do G20 que está marcada para a próxima semana em Toronto, no Canadá. O apelo de Obama se dirige principalmente para as economias européias, que estão muito endividadas.
Obama ainda disse, "Estou comprometido com o restabelecimento da sustentabilidade fiscal nos Estados Unidos e acredito que todos os países do G20 devem implementar planos confiáveis e favoráveis ao crescimento para restaurar a sustentabilidade de suas finanças públicas" (Idem).
O anúncio de Obama veio no mesmo dia de uma visita do diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, à Espanha, um dos países da zona do euro mais endividados e que aprovou recentemente planos de austeridade para diminuir o déficit orçamentário.
Strauss-Kahn disse que a Espanha está no caminho certo para garantir a recuperação econômica. O plano lançado em maio pelo governo espanhol prevê reduzir o déficit dos atuais 11% do PIB para 6% em 2011.
O déficit norte-americano também é gigantesco. No ano fiscal de 2009 chegou a US$ 1,4 trilhão ou R$ 2,5 trilhões, equivalente a quase 10% do PIB dos Estados Unidos, o maior percentual desde a Segunda Guerra Mundial.
O governo dos Estados Unidos está preocupado que ao reduzir o déficit, os países europeus acabem colocando em risco a recuperação global.
Obama ainda reforçou, "Isso significa que devemos reafirmar nosso propósito de garantir as políticas de apoio necessárias para manter o crescimento econômico forte" (idem).
As políticas de apoio que Obama cita são os bilhões de dólares em dinheiro público que vão para banqueiros e capitalistas se safarem da crise econômica.
O objetivo de Obama é, acima de tudo, manter os privilégios da burguesia mesmo diante de uma das maiores crises capitalistas da história.

Fonte: blog do Gustramires 

domingo, 20 de junho de 2010

Lula, como sempre, trai os trabalhadores e veta o fim do fator previdenciário

O anúncio foi dado pelo ministro Guido Mantega a poucas horas da estreia da seleção na Copa. A luta dos aposentados, porém, garantiu reajuste de 7,7%, maior que os 6,14% negociados pelas centrais sindicais traidora com o governo.
Lula esperou até o último momento para anunciar a sua decisão sobre a Medida Provisória dos aposentados aprovada pelo Congresso. Finalmente, divulgou o que faria poucas horas antes do primeiro jogo da seleção brasileira na Copa do mundo. E não surpreendeu. Mantendo aquilo o que já vem fazendo em seu governo, Lula vetou o fim do fator previdenciário, medida aprovada pela Câmara e pelo Senado após diversas mobilizações dos aposentados.
O fator havia sido imposto pelo governo FHC em 1999 e tem como objetivo adiar ao máximo as aposentadorias. Ele estabelece uma conta para o cálculo das aposentadorias que leva em consideração a expectativa de vida, o tempo de contribuição e a idade do assegurado, fazendo com que o trabalhador receba menos quanto mais cedo ele se aposentar. Na prática, obriga os trabalhadores a trabalharem cada vez mais, sob o risco de terem seus benefícios reduzidos.

Reajuste

Se Lula vetou o fim do fator, por outro lado, mesmo a contragosto, o presidente foi obrigado a sancionar o reajuste de 7,7%. Mesmo insuficiente, ele é maior que os 6,14% que o governo havia combinado com as centrais sindicais traidoras, como CUT e Força Sindical. No Congresso, a pressão dos aposentados fez com que esse índice subisse para 7,7%, mesmo com todas as ameaças e chantagens do governo.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT), que integrou a tropa de choque contra os aposentados no Congresso, chegou a dizer que os aposentados “não tem o que reclamar”. Ele reafirmou que o índice havia sido um acordo com as centrais. “Os 6,14% foram um acordo entre as centrais e o governo federal. Não foi um número cabalístico”, disse, expondo o papel que CUT e Força Sindical cumpriram, de rebaixar o reajuste que até o governo estaria disposto a conceder.
Mesmo assim, o ministro da Fazenda Guido Mantega, afirmou que o governo vai compensar o reajuste aumentando o corte no Orçamento para além dos R$ 10 bilhões anunciados recentemente. Para isso, vai cortar mais R$ 1,6 bilhão. “O presidente Lula nos liberou para fazer os cortes necessários, que vão compensar os 7,7%”, disse Mantega.

A luta não terminou

O veto de Lula reafirma sua política para os aposentados. Só para lembrar, em 2003, logo em seu primeiro mandato, Lula impôs a reforma da Previdência no setor público. Já em 2006, vetou o reajuste de 16,6% aprovados pelo Congresso, como parte da recomposição das perdas desde o governo Collor. Agora, veta o fim do fator. Esse caso expõe agora de forma mais clara o papel cumprido pela CUT que, além de não defender o fim do fator previdenciário, negociou um reajuste muito menor que o governo, que foi até mesmo rechaçado pelo Congresso. O índice negociado foi ainda utilizado pelo governo a toda hora para negar um reajuste maior.
A lição que fica, é a importância que teve a força da mobilização dos aposentados. Foi a luta que desbloqueou a negociação rebaixada e traidora da CUT, impôs o fim do fator no Congresso e garantiu o reajuste de 7,7%. E, mesmo com o veto de Lula, a luta pelo fim do fator previdenciário não terminou. O Congresso pode ainda derrubar o veto. A mobilização dos aposentados agora tem que girar novamente do Planalto para o Congresso, obrigando os parlamentares a derrubarem o veto e pondo um fim definitivo ao fator previdenciário.

Grifo nosso: Hoje, a grande luta do trabalhador(a) é desruir os sindicatos pelegos como a CUT, Força Sindical, CTB, CNTE, SINTE e outros, ao mesmo tempo que organizemos uma grande central classista e socialista que seja capaz de abraçar todas as organizações sociasis e as minorias oprimidas para, juntos, retomarmos as direções dessas lutas e assim reconuistarmos direitos, furtados pelo governo do PT com o apoio do sindicalismo pelego, e seguir na busca da construção de uma sociedade socialista. 

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Direto de Santos (SP)

Unidade e solidariedade internacional dos trabalhadores marcam abertura do Conclat


A unidade e a solidariedade internacional da classe trabalhadora deram o tom da abertura do Congresso da Classe Trabalhadora na manhã desse dia 5 em Santos (SP). A composição da mesa já expressava o caráter amplo do evento, reunindo, além das entidades que convocavam oficialmente o congresso, como Conlutas, Intersindical, Pastoral Operária, MTL, MTST, também organizações convidadas como a Cobap, Consulta Popular e MST.


O maior destaque nesta abertura ficou por conta das delegações internacionais, que, juntas, totalizavam mais de uma centena de ativistas vindos de 26 países. Uma a uma, as delegações foram saudadas pelo plenário, sendo muito aplaudidas, principalmente os representantes do Haiti, cujo povo luta contra os efeitos do terremoto e a ocupação militar, além da Grécia que protagoniza hoje lutas massivas contra os planos de cortes impostos pelos governos e pelo FMI.


O representante grego, Sortiris Martelis, da Federação de Servidores Públicos da Grécia, um dos setores mais afetados pelos ataques dos últimos meses, relatou a luta dos trabalhadores daquele país, além de chamar a solidariedade à resistência palestina diante dos ataques covardes de Israel.


“Brasil, Colômbia, América Central, a classe operária é internacional!”, entoaram os cerca de 3 mil delegados que lotavam a plenária do Mendes Convention Center.
Delegações internacionais são homenageadas
Momento histórico

O tom dos discursos de abertura foi de unidade e muito entusiasmo diante do momento que pode se tornar histórico. Diante disso, muitos consensos. O de que, por exemplo, a nova entidade deve ser uma entidade combativa e independente, priorizando as lutas diretas.

Carlos Sebastião, o “Cacau”, representando a Conlutas, chamou a atenção para o significado histórico do momento. “Estão aqui companheiros que fizeram parte dos Conclats nos anos 80, mas também estão aqui muitos dos que estiveram em Luziânia em 2004, momento em que, infelizmente, não saiu a unificação”, lembrou, referindo-se ao encontro realizado na cidade Goiânia a fim de unificar os setores combativos ao redor de uma única alternativa. Dos setores que lá estiveram resultaram a Conlutas e a Intersindical. Por isso, Cacau chamou esse congresso de um “reencontro”.

Já o dirigente do MTST, Guilherme Boulos, destacou a importância de se consolidar a unidade do movimento sindical com os movimentos sociais e populares na luta contra o capital, e a responsabilidade dessa nova entidade nesse processo. “Temos que avançar, é sem-teto fazendo piquete com operário e operário ocupando terra junto com sem-teto”, disse, sendo muito aplaudido.

Responsabilidade, aliás, foi a palavra mais dita pelo histórico dirigente da Pastoral Operária, Waldemar Rossi. “Temos aqui a responsabilidade de dar um salto qualitativo no movimento sindical”, afirmou, explicando que a estrutura sindical majoritária, hoje, “também legitima a exploração capitalista”. Afirmou ainda que ”ficar no corporativismo é, historicamente, trair a classe trabalhadora”.

Polêmicas

Além dos discursos entusiasmados em defesa da unidade, a abertura do congresso expressou também as polêmicas que devem ser discutidas e resolvidas pelos delegados. Uma das principais se refere justamente ao nome da nova entidade. O Congresso da Conlutas aprovou a indicação do nome Conlutas-Intersindical, como forma de evidenciar o acúmulo dessas duas experiências que se consolidaram nos últimos anos.

Outro setor, porém, como a Intersindical, propõem um novo nome. “Não vamos aceitar que o nome dessa central se limite ao internismo das entidades”, disse Edson Carneiro, o Índio, da Intersindical. Já Cacau defendeu a proposta da Conlutas: “respeitamos os nossos símbolos, como também o da Intersindical, é um símbolo que nós também reivindicamos, é um patrimônio que não podemos abrir mão”.
Teses
Agora à tarde, acontem as apresentações das teses do Congresso.


Conclat

Nova central é fundada, mas Intersindical rompe com o congresso

Setor minoritário abandona o Conclat, com o argumento da discussão sobre o nome da nova entidade
Milhares e milhares de ativistas sindicais se reuniram para eleger cerca de três mil delegados que se deslocaram de todo o país para Santos, com a proposta de fundar uma nova central. Existia um amplo acordo de formar uma central que fosse uma alternativa às centrais governistas, e com uma plataforma de ação para as lutas imediatas dos trabalhadores. Também houve acordo entre todas as forças convocantes do congresso de que as diferenças que existissem deveriam ser resolvidas pela base, no próprio congresso.

No entanto, depois de perderem a votação da última diferença, sobre o nome da entidade, a Intersindical, a Unidos para Lutar (CST), e o Movimento Avançando Sindical (MAS) romperam com o congresso, desrespeitando não só os outros delegados, mas também as regras sob as quais foi convocado o congresso.

Esses setores não aceitaram a proposta vitoriosa de nome: Conlutas-Intersindical. Central Sindical e Popular (CSP). Terão que explicar em suas bases porque romperam com um congresso em função de algo como o nome da entidade.

Essa discussão tinha como pano de fundo uma negação por parte da Intersindical de que houvesse qualquer menção da Conlutas no nome da nova entidade. Queriam, assim, negar a rica contribuição dada nestes seis anos que a Conlutas existiu, como nas grandes mobilizações do funcionalismo contra a reforma da Previdência, nas duas grandes marchas a Brasília, na luta contra as demissões da Embraer, e em inúmeras greves pelo país.

Eles argumentam contra o “hegemonismo”. Que hegemonismo é esse, se o nome proposto era “Conlutas-Intersindical”? Na verdade, o que se queria era impor, de qualquer forma, a exclusão de qualquer menção à Conlutas na nova central.

Estava em discussão, porém, mais que um nome. Estava em questão a metodologia da democracia operária. A Intersindical queria impor um critério do tipo “ou aceitam o que eu quero, mesmo sendo minoria, ou eu rompo”. Ou seja, não pode existir uma participação das bases em decisões, prevalecendo apenas o consenso entre as correntes políticas.

Se a nova central já nascesse com essa característica, nasceria morta. Amanhã viria o mesmo método em todas as questões políticas e se imporia a paralisia e o burocratismo. Por este motivo, o Conclat foi convocado de comum acordo, com outro critério, de que as diferenças seriam resolvidas através de votações dos delegados, ou seja, pela democracia operária. Foi com essa democracia que a Intersindical rompeu.

Uma nova central

O congresso, ao constatar a ruptura, resolveu manter todas as votações, definir uma direção provisória e chamar as correntes que romperam a repensarem sua atitude e recompor a unidade.

A nova central Conlutas-Intersindical-Central Sindical e Popular foi fundada. Mais fraca do que poderia ser, se não houvesse a ruptura. Os delegados do congresso elegeram uma direção provisória com 21 nomes para funcionar até a próxima reunião, daqui a dois meses. A nova entidade já vai se expressar na luta de classes contra o veto do governo Lula ao fim do fator previdenciário. Junto com isto, continuará a chamar a Intersindical a recompor a unidade.
Retomar a unidade

Os que permaneceram no congresso fizeram uma avaliação da crise aberta. Janira Rocha, do MTL, afirmou que desde o início o movimento vem lutando pela unidade, mediando os conflitos entre os diferentes setores e defendeu a retomada dos esforços pela unidade.

Guilherme Boulos, dirigente do MTST, criticou a postura da Intersindical. ”Nós votamos a favor do nome ‘Central Classista dos Trabalhadores’, pois não concordávamos com o nome que os companheiros da Conlutas propuseram, mas nem por isso deixamos de estar aqui”, afirmou, lembrando que a necessidade de organização da classe trabalhadora ”está acima dessas questões”. Ele fez críticas ao PSTU, mas terminou reafirmando que o MTST ”estará presente nessa nova central que estamos construindo” e que ”a partir do momento que terminar esse congresso devemos retomar todos os esforços para costurar novamente essa aproximação”.

José Maria de Almeida, o Zé Maria, afirmou em sua avaliação que “o caminho da construção da unidade não é uma luta fácil”. Sobre a polêmica, Zé Maria afirmou que o nome Conlutas não é de nenhuma força majoritária, mas um nome construído por milhares de trabalhadores por anos. Para o dirigente, a real polêmica envolvendo a retirada dos setores da Intersindical do congresso é o desrespeito à democracia operária. “Nenhuma força, seja ela minoritária ou majoritária, é dona de um nome ou de uma entidade. É sempre a base que deve decidir, e a base está aqui nesse congresso”, afirmou, sendo muito aplaudido.

Zé Maria lembrou o acordo realizado para os preparativos do congresso, de que qualquer polêmica que as direções dos setores não consigam resolver seria remetida à base. O sindicalista, porém, defendeu que sejam empreendidos todos os esforços para que esses setores retornem. ”Não é por nenhuma benevolência nossa, mas porque a nossa classe precisa”, disse, ressalvando, no entanto, que isso não pode se dar à custa da democracia operária.

Por fim, Zé Maria reafirmou a importância das resoluções do congresso e deixou claro que, já no dia imediatamente posterior ao congresso, a nova entidade estará nas ruas, atuando em defesa dos trabalhadores. ”Amanhã a Conlutas-Intersindical Central Sindical e Popular estará nas ruas e no próximo dia 14 estaremos no ato contra o veto de Lula ao fim do fator previdenciário”, afirmou. 
 

Começou o 2º Congresso da Conlutas

O sentimento de unidade e solidariedade entre todos os trabalhadores deu o tom da abertura do Congresso

A noite de ontem (3) foi marcada por uma forte emoção para os milhares de trabalhadores e trabalhadoras, entre delegados, observadores e convidados, que deram início ao 2º Congresso da Conlutas, no Centro de Convenções de Santos – SP. Durante a abertura foram feitas várias saudações ao Congresso da Conlutas por parte de organizações parceiras nos enfrentamentos cotidianos da classe trabalhadora.
A mesa de abertura foi composta por entidades de trabalhadores, movimentos sociais e partidos de esquerda. Entre os participantes, estavam Intersindical, MTL (Movimento Terra e Liberdade), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), MAS, Pastoral Operária, Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas), Anel, Batalha Operária (Haiti) e representações sindicais da Espanha e do Japão. Além disso, delegações de vários países do mundo, como a Grécia, compareceram ao congresso.
 
Muitas saudações lembraram, com orgulho, a história de luta da Conlutas, desde a sua fundação em 2004, e a importância do processo de unificação com a Intersindical e outros setores de esquerda. A representante do MTST, Helena, lembrou a luta contra a criminalização dos movimentos sociais e o papel fundamental que cumpriu a Conlutas. “Desde que a Conlutas existe, nós estamos lutando menos sozinhos. Isso mostra que juntos a gente fica mais forte para disputar o futuro.”, disse. 
 
 
Plenário do Congresso

A recente luta dos aposentados, que culminou com a aprovação pelo Congresso Nacional do fim do fator previdenciário e do reajuste de 7,7% nas aposentadorias, também esteve representada pela Cobap. “Nossa luta fez o governo engolir o fator previdenciário. Se Lula quiser vetar o fim do fator, que vete. Mas nós vamos para as ruas denunciar a verdadeira face do governo Lula.”, afirmou Josias, presidente da Cobap.
Os estudantes também fizeram sua saudação ao 2º Congresso da Conlutas. “Representamos o movimento estudantil que é herdeiro do Fora Collor e das ocupações de Reitorias nas universidades. E estamos juntos desde o início dessa batalha da Conlutas.”, lembrou Camila Lisboa, da Anel.

Entre os momentos de maior emoção e que demonstraram a unidade internacional dos trabalhadores, vão ficar na memória as saudações de entidades sindicais do Haiti, Japão e Espanha. Didier Dominique, do Batalha Operária (Haiti), lembrou com revolta o papel das tropas brasileiras que reprimem o povo haitiano e pioram as consequências do terremoto. “Estamos em guerra com os opressores. Nossa luta é pra mandar toda essa gente sanguinária para o inferno.”, falou o haitiano.
 
 
Por fim, a saudação da representação espanhola fez levantar os trabalhadores e trabalhadoras do plenário, lembrando a necessidade de lutar incansavelmente pelos interesses da classe trabalhadora diante do retorno da crise econômica. “Povos da Europa, povos da América Latina, povos de todo o mundo. Levantemo-nos para lutar!”.
Todos defenderam, no momento da fusão com a Intersindical, a continuidade do projeto socialista e de solidariedade internacional entre trabalhadores que sempre foi uma característica da Conlutas.

Segundo dia

Hoje (4) pela manhã tiveram início os trabalhos do Congresso, com a aprovação do regimento e a defesa das resoluções, propostas de entidades e grupos políticos. Agora à tarde, os delegados debatem em grupos as propostas sobre a unificação com a Intersindical, que serão levadas à plenária final logo mais à noite.
 
 

terça-feira, 1 de junho de 2010

A situação do(a) professor(a) no Brasil

A cada dia, um professor se licencia por dois anos Desde janeiro, 194 se afastaram da rede estadual por problemas de saúde. Índice é o maior entre os servidores; problemas nas cordas vocais, na coluna e psicológicos são os mais recorrentes

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

O professor de história Carlos, 42, fala sozinho às vezes. Seu coração, conta, dispara sem motivo aparente. "Não conseguia controlar os alunos. Queria passar o conteúdo, poucos me ouviam. Foi me dando uma angústia. Fiquei nervoso."
Não era assim. "Eu era bem calmo", afirma, referindo-se ao período anterior a 2004, quando entrou como docente temporário na rede de ensino paulista.
Aprovado um ano depois em concurso, foi considerado apto a dar aulas, na zona sul da capital. Passados três anos, obteve uma licença médica, que se renova até hoje, sob o diagnóstico de disforia -ansiedade, depressão e inquietude.
Carlos espera nova perícia. Quer se tornar readaptado -situação de servidores com graves problemas de saúde, que ficam ao menos dois anos afastados da sala de aula. Fazem atividades administrativas na secretaria e na biblioteca, por exemplo.
De janeiro até a última sexta-feira, 194 docentes (mais de um por dia) da rede paulista foram readaptados, aponta levantamento da Folha no "Diário Oficial". Pelos cálculos da professora Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol, que fez uma pesquisa financiada pela Secretaria da Educação, 8% de todos os professores da rede estão readaptados.
Os casos mais recorrentes são problemas nas cordas vocais, na coluna e psicológicos. A autora do estudo é ela própria uma professora readaptada.
Entre os servidores da Educação, o índice desse tipo de afastamento é maior que dos demais: 79% dos readaptados trabalham nas escolas, categoria que soma 53% do funcionalismo.

POR QUE ADOECEM

Pesquisadores apontam duas razões para tantas licenças. A primeira é a concepção da escola, que requer para as aulas estudantes quietos e enfileirados. "Isso não existe mais. Esta geração é muito ativa. O professor se vê frustrado dia a dia por não conseguir a atenção deles", diz o sociólogo Rudá Ricci, que faz pesquisas com educadores de redes públicas do país, inclusive no município de São Paulo.
A outra razão são as condições de trabalho. Em geral, os professores dão aulas em classes com mais de 35 alunos, possuem muitas turmas e poucos recursos (não há, por exemplo, microfone). Estudo divulgado na semana passada pelo Instituto Braudel e pelo programa Fulbright mostra que os docentes paulistas têm condições piores que os de Nova York.
Têm carga maior (33 horas semanais em sala, ante 25) e possuem mais alunos por sala (35 e 26, respectivamente).

SP anuncia plano para saúde do docente

Programa terá equipes com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros
Especialidades são das áreas em que servidores mais têm problemas e são as maiores causas de absenteísmo.

Bruno Fernandes/Folha Imagem

Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol, docente que está afastada das aulas desde 2002 por problemas nas cordas vocais.

O governo Alberto Goldman (PSDB) reconhece que é preciso melhorar as condições de saúde dos professores de sua rede.
Tanto que deve anunciar, em um mês, um programa de prevenção e eventual tratamento para os 65 mil servidores da educação da capital paulista.
Segundo o chefe de gabinete da Secretaria da Educação, Fernando Padula, a ideia surgiu há três anos, por conta das inúmeras faltas dos docentes. À época, a cada dia, 12,8% deles não compareciam às aulas.
"Havia muito abuso, por isso mudamos a legislação. Mas verificamos também que era preciso olhar para a qualidade de vida dos servidores", afirmou.
O governo limitou a seis o número de faltas para exames médicos. Até então, o servidor podia faltar metade do ano sem desconto do salário desde que apresentasse atestado médico.
Segundo o governo antecipou à Folha, o novo programa, chamado SP Educação com Saúde, formará equipes com médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros, que circularão pelas escolas estaduais.
Algumas equipes ficarão fixas nas diretorias de ensino. As especialidades escolhidas coincidem com as áreas em que os docentes mais têm problemas -como lesões nas cordas vocais, dores na coluna e distúrbios psicológicos- e são as maiores causas de absenteísmo.
Os profissionais das equipes serão da entidade filantrópica Santa Marcelina. O servidor que tiver algum problema de saúde diagnosticado será encaminhado ao Hospital do Servidor Público para tratamento.

PREVENÇÃO

Segundo a Secretaria da Educação, o programa é inédito no país. "Vamos atuar na prevenção de agravos, para que os professores faltem menos e estejam mais dispostos, o que impactará na qualidade de ensino", afirma Fernando Padula.
Sobre o número de docentes readaptados, o governo estadual afirma que o índice vem caindo, tomando como base os dados fechados por ano. Em 2007, foram 902; no ano passado, 341.

(FÁBIO TAKAHASHI)
ANÁLISE

É necessário intervir de forma mais intensiva em prevenção LUIZ CARLOS MORRONE

ESPECIAL PARA A FOLHA

Estudos com professores da rede estadual da Baixada Santista e Botucatu, de 2000 a 2006, trouxeram importantes informações sobre a saúde de professores, relatadas por equipe do Programa de Saúde do Trabalhador, do Hospital do Servidor Público.
Na região de Botucatu, verificou-se que a frequência de licenças médicas na rede estadual é maior. Para cada cem horas de aulas, os professores da rede privada tiravam em média 1,3 hora em licenças; da municipal 3,1; e da estadual 7,3 horas.
É presumível que o nível excessivamente centralizado das decisões sobre as licenças, tomadas na capital do Estado, seja uma das importantes causas da diferença. Na Baixada Santista, de um total de 735 servidores examinados (mais de 80% professores), 18,8% tinham hipertensão, 4,3%, rinite alérgica, 5,8%, disfonia, e 3%, depressão.
Também foram analisadas 105 licenças médicas, na mesma região, de servidores afastados por mais de 90 dias. Transtornos mentais e comportamentais figuravam entre 51 casos (51,4%), seguidos de doenças osteomusculares, com 13 casos (12,4%).
A análise de 1.272 professores mostrou que os fatores para a ocorrência de doenças vocais são: A) hábitos como falar muito e gritar; B) fatores como ruído e excesso de poeira; C) cargas horárias mais longas e trabalho com alunos no nível médio.
É necessário intervir de forma mais efetiva na prevenção. Para tanto, necessário se faz a criação de uma estrutura que, a exemplo dos serviços especializados em segurança e saúde no trabalho, obrigatórios nas empresas privadas, também sejam estendidos para os servidores públicos estatutários.

LUIZ CARLOS MORRONE é professor da Santa Casa de São Paulo

DEPOIMENTO
"O processo de readaptação foi um período deprimente" MARIA DE LOURDES DE MORAES PEZZUOL

ESPECIAL PARA A FOLHA
O magistério para mim sempre esteve relacionado a se doar à formação de outras pessoas. Em 2002, infelizmente, precisei me ausentar por problemas nas cordas vocais. Ficava muito rouca, no final da semana mal conseguia falar. À época, tinha jornada de 36 horas semanais.
Fiquei um ano em licença médica. Em 2003, voltei para a escola estadual Vereador Narciso Yague Guimarães como professora readaptada. A sensação foi de perda total da identidade profissional.
Muitas vezes, quando chegava ao estacionamento da escola, me via chorando. Meus ex- alunos me perguntavam: "Professora, quando a senhora volta a dar aulas?". O processo de readaptação sugerido inicialmente foi de dois anos. Foi um período deprimente. Realizava preenchimento de fichas, atendia telefone, guichê etc.
Resolvi agir. Observei que a sala de informática da escola não funcionava. Em 2004, criei com alunos um projeto para ela. No final daquele ano, fui coordenar a biblioteca, e o projeto parou. Mas voltamos em 2005, com a chegada da nova gestora.
Em 2006, na procura de saber quem é o professor readaptado, pleiteei a bolsa de mestrado da Secretaria da Educação, com a proposta de pesquisa "Identidade docente: A situação do professor readaptado em escolas públicas do Estado de SP". Verifiquei que o não reaproveitamento do profissional como educador gera acomodação ou insatisfação, com prejuízos pessoais e profissionais para professores. Atualmente, tento voltar.
Estou readaptada há sete anos. Fiz novos exames. O laudo médico foi favorável ao retorno. Minha escola protocolou o pedido para cessação da readaptação em setembro de 2009, mas até agora não pude voltar.

MARIA DE LOURDES DE MORAES PEZZUOL é professora da rede estadual há 19 anos

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Começa estudo do PCCS na Regional do Sinte de Umarizal


A regional do Sinte de Umarizal, preocupada com a construção do plano de cargos dos funcionários de escolas e a reforma do atual PCCS dos professores, convidou a categoria  para estudá-lo com o propósito de conhece-lo e milhor contribuir na reforma que virá.
Para isso saiu na frente os(as) camaradas da Escola Estadual Monsenhor Walvredo Gurgel da cidade de Antonio Martins como mostra o registro acima.

domingo, 16 de maio de 2010

PSTU escolhe candidatos no Rio Grande do Norte

Reunido em plenária no último dia 8 de maio, o PSTU do Rio Grande do Norte escolheu os candidatos que representarão o partido nas eleições de outubro. Para o governo do Estado, foi aprovado o nome da enfermeira e dirigente sindical Simone Dutra como pré-candidata.
Simone trabalha no hospital Santa Catarina e possui uma longa história no movimento sindical do Estado, tendo sido diretora do Sindsaúde. Militante do partido há 15 anos, já foi candidata à senadora e sempre se mostrou uma mulher dedicada às tarefas do partido e do movimento sindical, como no caso da fundação da Conlutas no RN.
Para o Senado, o partido escolheu como pré-candidato o professor Dário Barbosa, que já foi candidato a outros cargos, como prefeito e governador, e também tem uma história marcada pela militância política. Ele foi um dos fundadores do PSTU. Além disso, o partido já apresentou nacionalmente José Maria de Almeida, o Zé Maria, como pré-candidato à presidência da República.
“O PSTU quer construir uma alternativa de esquerda e socialista para os trabalhadores do Brasil e do RN. Por isso está apresentando lutadores de nossa classe, com uma larga história em defesa dos trabalhadores e da população pobre. São companheiros que não se venderam ao longo dos anos de luta”, afirma Dário Barbosa.
“Defendemos a construção de um governo de esquerda, revolucionário e socialista, que mude a política econômica do país e garanta emprego, salário e vida digna para todos os trabalhadores. Acreditamos que só com muita luta nas ruas, no campo, nos locais de trabalho e de estudo poderemos mudar nossas vidas. Entretanto, nestas eleições, não iremos abandonar a classe trabalhadora nas mãos de políticos e partidos corruptos defensores dos empresários”, defende Simone Dutra.
Quanto à Frente de Esquerda com o PSOL, o PSTU afirma que ela não será possível por causa dos rumos que tomou o partido de Heloisa Helena. Dividido e em crise, o PSOL está apresentando a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio contra a maioria do seu próprio partido, pois as principais figuras públicas, como Heloisa Helena e a deputada federal Luciana Genro, não apóiam sua candidatura porque defendem que o PSOL apóie Marina Silva.
O PSTU também lançará candidatos a deputados estaduais e federais. Os nomes serão definidos em uma nova reunião no próximo dia 24. O partido também pretende apresentar oficialmente seus candidatos ainda este mês, no dia 28, quando José Maria de Almeida estará em Natal.

sábado, 15 de maio de 2010

Comunidade Escolar confirma: Ao contrário do Estado, Trabalhadores em Educação não são Caloteiros

A comunidade escolar da Escola Estadual 11 de Agosto em Umarizal, Rio Grande do Norte foi convocada pela Direção da Escola, em cumprimento a determinação do Estado, Via DIRED para deliberação sobre a reposição das aulas da greve. O fato nos causou estranheza e mau está quando a Direção da Escola e os trabalhadores grevista já vinham em processo de negociação, sem nenhuma resistência das partes, quando a chefe da DIRED ligou para Escola em nome da promotoria(ameaça) de que o processo teria que passar pelo crivo do conselho de escola, ao nosso ver, uma maneira de tornar os trabalhadores grevistas culpados, marginalizados, incriminados e sobre tudo irresponsáveis perante aquela comunidade, simplesmente pelo fato de terem participados da greve.

Mesmo assim o fato aconteceu aos moldes da promotoria, o que torna a Educação sob suspeita, visto que ela própria não tem condição de resolver seus próprios problemas, mas mais estranheza ainda é que no mesmo colegiado não foi aceito pela direção da escola, determinado pela DIRED em mandado da promotoria da EDUCAÇÃO, tudo isso por telefone, que se debatesse o DÉFCIT de aulas nas disciplinas(são várias) que ficaram mais de um mês(é uma realidade de muitas escolas do estado), repito: UM MÊS, sem professor e que isso representa uma preocupação bem maior do que as aula equivalentes ao período da greve que os profissionais não se negam pagar.
Por essas e muitas outras exigências, a nosso ver, insignificantes, o que nos parece ter algo errado nisso:
1º É que estão usando A Promotoria da Educação indevidamente em substituição a falta de diálogo e respeito a autonomia das Escolas;
2º Que a Promotoria da Educação não conhece os grandes problemas da Educação e das Escolas, e se conhece, está conivente com o descaso do Governo para com as mesmas;
3º Que estão fazendo tapeação entre os problemas da Educação e das Escolas e a Promotoria da Educação, com o objetivo de jogar todo o fracasso destas sobre os ombros dos profissionais que reivindicam direitos, salários e condições de trabalho digno.

Finalmente o que ficou de concreto neste episódio foi que se algo existia para descaracterizar os trabalhadores grevistas que lutam por uma Escola Pública sem subterfúgios e uma Educação digna a uma sociedade que paga os mais altos impostos do mundo para isso, é que o referido colegiado interno da escola supracitada entendeu as nossas defesas derrotando a insistente proposta do sistema e aprovando por unanimidade uma proposta apresentada pela professora Socorro Oliveira que foi consenso entre outras vindas do plenário.
Esperamos com essa matéria haver citado a Promotoria da Educação, ou quem por conveniência, se sentir no direito de investigar esses e outros grandes problemas da Educação Pública no Estado do Rio Grande do Norte, bem como os descasos com seus profissionais.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nós - Os meninos rebeldes, O Estado - Os Pais repressores e a Promotoria Pública – Uma chibata armada contra nós.

O Governo do estado do Rio grande do Norte não compre com os direitos dos trabalhadores, mas se utiliza de instrumentos repressores e cobrar situações que não lhe cabe, alem de não cumprir sua parte.
A situação em foco é com relação ao pagamento das aulas da greve, que fez por outra os diretores de escolas estão recebendo pressão do Estado, via DIRED, para efetivarem um calendário como garantia do pagamento das aulas da greve, como se os trabalhadores que fizeram greve fossem profissionais irresponsáveis e não assumissem o déficit proporcionado pelo movimento paredista, ou seja, como se todos fossemos crianças que negássemos nossos feitos.
Por outro lado o governo não lembra que enquanto o estado não cumprir com todos os pontos negociados na greve, ele, o próprio estado, não tem motivos para cobrar da categoria em questão o total comprimento da reposição dos dias parados, visto que estamos dentro dos prazos até julho para que ambas as partes compram suas ações acordadas com a greve. E pra isso nos temos bastantes motivos para reclamar visto que durante os sete anos e alguns meses desse governo têm sido recordes o número de propostas acordadas e não cumpridas por ele em curso.
Mas um ponto que nos chama muito a atenção, é o fato de qualquer coisa que poderia ser resolvido no coletivo de cada unidade escolar as imposições aparecem sempre como vindas da promotoria de justiça da Educação, dá até para comparar nós, os trabalhadores em Educação, como umas crianças rebelde e o pai opressor, cobrando algo a ser feito pela criança com uma chibata armada sobre ela e o condicionando a realização do feito umas chibatadas. É assim que parece pra nós com os frequentes recados que nos chegam dos tão citados promotores da Educação.
Porem os mesmos parece não estarem sabendo que o estado anda longe de cumprir seus compromissos neste sentido, pois um exemplo disso são os inúmeros casos de faltas de professores, como foi o caso deste ano que começou o ano letivo em significativa parcela das escolas estaduais, está sendo o caso da escola que trabalho, sem professor e só agora foi que o estado apresentou o estagiário e a pergunta é: como vai ficar essas aulas, que não são poucas, que estiveram sem professor até agora e que os que assumiram como estagiários não tem nenhuma obrigação de reporem, amenos que o estado os admitam com datas retroativas ao inicio do ano letivo? São casos como esses que gostaríamos de discutirmos com o tão citado promotor(que pra nós tem papel de chibata) viesse nas escolas, porque pelo que vemos eles não estão informados dessas situações, não. E se tiverem e aceitam isso do estado, mas pro outro lado nos pressionam por uma semana de aulas da greve, ai ficará claro que é porque eles não estão preocupados em corrigir distorções e sim nos descaracterizar como profissionais, que apesar de termos os salários bem vergonhosos em relação aos dos citados profissionais da justiça, mesmo assim somos dignos de assumirmos nosso compromissos.
Por isso nós da Educação gostaríamos de fazermos essa discussão de forma bem ampla com quem quer que seja, mas com alguém que pretendesse resolver, de verdade, os atuais problemas da Educação pública do Estado do Rio Grande do Norte em cada escola.

Gabriel
Diretor Sindical - Regional do Sinte em Umarizal

quarta-feira, 12 de maio de 2010

No RN falta tudo nas Escolas, mas de repente sobra enganação



Nas Escolas Estadual falta tudo, professor, funcionários, material didático (inclusive os diários de classe), manutenção às escolas (algumas delas o cupim está comendo) e os direitos dos trabalhadores e dos alunos sendo comprometidos. Este fato eu cito como exemplo a Escola Estadual José Osias localizada na Cidade de João Dias, onde uma professora requereu uma licença maternidade e o estado não dispõe de outro profissional para substituí-la, neste caso, acreditem, a diretora está em riscos de ir dá aula para evitar que os alunos percam a matéria. Não faça isso Diretora, é exatamente com esse propósito que esses governos, reacionários, neoliberais querem. O grupo de professores(as) da referida escola são competentíssimos, mas não é obrigação de nenhum deles(as) fazer o papel que compete ao estado fazer, que aliás essa é a mesma política praticada por todos os governos neoliberais que é o retrato de - "O amigos da escola".
Diante de todas essas circunstâncias, cabe a nós, trabalhadores em educação, discutirmos perspectivas de organização para irmos ao embate.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Para o FMI tem dinheiro, mas falta no salário dos trabalhadores

Lula diz que vai vetar aumento aos aposentados e fim do fator previdenciário

A Câmara dos Deputados aprovou no dia 4 de maio o reajuste de 7,7% às aposentadorias maiores de um salário mínimo, além do fim do fator previdenciário. Embora o reajuste seja rebaixado, menor que o índice concedido ao salário mínimo (9,6%), ele é maior que os 6,14% que o Governo Federal pretendia conceder e o fim do fator, por sua vez, é uma vitória parcial do movimento dos aposentados. De conjunto, foi uma dura derrota ao governo Lula.

Derrota do governo

Durante toda a extensa negociação entre o governo e os deputados, foi repetido várias vezes que Lula vetaria qualquer momento acima dos 6,14%. Tal valor, inicialmente acordado com as centrais sindicais, como a CUT e a CTB, equivale à inflação e 50% da variação do PIB de dois anos antes, ou seja, de 2008. Na Câmara, avançou-se a uma proposta de 7,7% de reajuste, referente a 80% do PIB daquele ano. O governo deu a entender então que poderia aceitar, no máximo, 7%.

Mesmo que o índice de 7,7% não representasse um valor muito acima do que o governo estava disposto a aceitar, foi repetido muitas vezes que Lula o vetaria caso fosse aprovado. Do ministro da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, do Planejamento, Paulo Bernardo, ao líder da Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), partiam ameaças de veto e chantagem de que, se a Câmara aprovasse a proposta, os aposentados ficariam sem qualquer reajuste, recebendo apenas a reposição da inflação.

A pressão dos aposentados e o fato deste ano ser um ano eleitoral, porém, fez com que os deputados aprovassem os 7,7%, por pouco não aprovando 8,7%, faltando apenas 30 votos para isso (dos 513 deputados). Até mesmo uma parte da base aliada do governo votou no reajuste. Já a aprovação do fim do fator previdenciário pegou até mesmo o governo de surpresa. Se o reajuste podia ser negociado, mesmo sob índices extremamente rebaixados, o fim do fator não era cogitado e nem passível de negociação pelo governo.

Uma vez aprovado pela Câmara, agora o próprio Lula avisou que vai vetar. Segundo reportagem da Folha deste dia 5, Lula, em viagem à Argentina, disse que a medida era irresponsável e que vai vetá-la caso não seja modificada pelo Senado. “Não há eleição que me faça aprovar esses absurdos”, afirmou, segundo o jornal. Como é improvável que o Senado mude o reajuste, Lula deve vetar a decisão e, segundo o governo, editar uma Medida Provisória (MP) impondo os 7%.

Agora, começam a guerra dos números e o “chamado à responsabilidade” aos parlamentares. O tão alardeado impacto do reajuste, assim, sobe a cada dia, assim como a pressão do governo. Inicialmente, era afirmado que o aumento representaria R$ 5 bilhões. Depois, passou-se a dizer R$ 10 bilhões e agora já chega a R$ 15 bilhões. Nada próximo, porém, dos R$ 170 bilhões pagos de juros da dívida pública só em 2009.

O governo Lula saca do velho argumento do rombo da Previdência para justificar o veto, uma mentira que, vez ou outra, o próprio presidente denuncia em entrevistas para atacar o PSDB. Mas para vetar o reajuste, o argumento soa bastante conveniente. Cálculo da Confederação Brasileira dos Aposentados, a Cobap, porém, sustentam que, em 2009, a Previdência teve um superávit de R$ 4 bilhões, enquanto que todo o conjunto da Seguridade Social teve R$ 21 bilhões de superávit.

A hipocrisia da direita

A votação que aprovou o reajuste na Câmara foi marcada por um show de hipocrisia, tanto da direita quanto da base aliada do governo. O próprio DEM propôs uma emenda estabelecendo reajuste de 8,7%, que por pouco não foi aprovado. Já vários deputados da base aliada, mesmo não seguindo a recomendação do governo, recusaram-se a conceder reajuste superior aos 7,7% pelo “acordo” que fora estabelecido com as centrais sindicais.

Os deputados do DEM e do PSDB, porém, que aprovaram o fim do fator previdenciário foram os mesmos que, em 1998, votaram pela implementação do mesmo fator. O fator foi instituído para obrigar os trabalhadores a se aposentarem cada vez mais tarde. Para isso, estabeleceu um cálculo para definir o valor do benefício que partia da idade do segurado, o tempo de contribuição e a expectativa de vida calculada do IBGE.

O deputado do PSDB de São Paulo, Arnaldo Madeira, que votou com o governo contra o fim do fator e o reajuste chegou a afirmar que aquela era a “noite da irresponsabilidade”. O deputado expressa o verdadeiro pensamento de seu partido e dos demais parlamentares da direita, que só votaram contra o governo a fim de desgastá-lo eleitoralmente. Ou seja, aprovaram o reajuste e o fim do fator já esperando o veto de Lula.

Intensificar a mobilização

Só a mobilização dos trabalhadores e dos aposentados é que pode concretizar essa vitória. Além disso, há ainda muito a ser feito, como a recomposição das aposentadorias, defasadas após o governo Collor.

É necessário que todo o movimento sindical se mobilize desde já para derrotar a ameaça de Lula de vetar o projeto e, para de uma vez por todas, com o famigerado fator previdenciário. Da mesma forma, é necessário que todos os sindicatos e centrais sindicais apóiem a luta dos aposentados para recompor seus vencimentos ao valor em salários mínimos quando da aposentadoria.

“Agora o que está colocado é a intensificação da mobilização para impedir que Lula vete o reajuste”, afirma Zé Maria, da Secretaria Executiva da Conlutas.

fonte: Imprensa nacional

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Mulher engravida vendo filme pornô 3D

Um casal branco americano teve um bebê negro e a mulher diz que engravidou assistindo a um filme pornô 3D. O pai da criança, o soldado Erick Jhonson, estava há um ano servindo numa base militar no Iraque e, quando voltou para casaencontrou um bebê negro. Sua mulher, Jennifer Stweart, de 38 anos, disse a ele que a criança foi concebida enquanto ela assistia a um filme pornô em três dimensões.
"Não vejo porque desconfiar dela. Os filmes em 3 D são muito reais. Com a tecnologia de hoje tudo é possível", disse Erick, que registrou a criança.
Jennifer afirmou que foi a um cinema pornô com as amigas em Nova York. Ela conta que não costuma assistir a filmespornôs e que só foi dessa vez para ver como ficavam os efeitos em 3D. A criança, segundo ela, se parece com o ator negro do filme. "Um mês depois de ver o filme eu comecei a sentir enjôos e o resultado está aí. Vou processar o cinema e os produtores. Ainda bem que meu marido acreditou em mim. Meu casamento podia estar em risco. Mas ele sabe que eu sou fiel", disse.

Então tá. A realidade dominando nossa vida!!!

Fonte: Chakalat.net sábado, 8 de maio de 2010

sábado, 8 de maio de 2010

Viçosa, Riacho e Portalegre, a categoria disse sim ao estudo do PCCR

Em visita as Escolas do Estado nas cidades de Riacho da Cruz, Viçosa e Portalegre a Categoria aceitou a ideia de estudar o atual Plano de Carreira com entusiasmo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Categoria acata ideia de estudar o atual PCCR( Plano de Cargo Carreira e Remuneração) do Magistério Público Estadual.

A direção de Nossa Regional do Sinte/RN, em Umarizal, está levando ao interior da categoria a proposta de fazer um estudo do Atual PCCR dos professores da Rede Estadual com o propósito de popularizar o conteúdo deste e assim melhorar a qualidade nas reivindicações no ato da reformulação do mesmo que ficou garantido pelo governo do estado nos negociações da greve.

A ideia está sendo semeada, a categoria está respaldando e ao concluirmos essa etapa, que é o processo preliminar, imediatamente agendaremos com os diretores o dia que será realisado o estudo e consequentemente o documento com as proposições a serem encaminhadas para as comissões tanto de elaboração do PCCR dos funcionários como a que irá reformular o dos professores.
A fase de consulta está se processando, acreditamos que deverá ser concluída até o dia 12 de Maio, concomitantemente irá sendo agendado com cada escola o dia para efetivação do referido estudo e espera-se que até o final do mês de Maio seja concluído todo o processo e o documento com o sentimento de todos os profissionais da Educação no interior de nossa regional esteja pronto para serem encaminhado as duas comissões oficiais de elaborações dos planos.
Isto feito, estaremos todos aptos a cobrarmos das referidas comissões, a construção de um plano de Carreira mais digno e diferente daquele que foi construído sem a participação da categoria que o resultado foi uma profunda traição aos professores, pois estes só vieram descobrir o quanto de traidor foi o atual documento após a efetivação das mudanças de níveis e a retroação das letras.

Fórum para discutir eleição de Diretores de Escola

Fóruns das DIRED’s discutirão Lei da Gestão Democrática

Após 5 anos de implantação da lei que regulamenta o processo de escolha dos diretores e vice diretores das escolas estaduais através da Gestão Democrática, a direção do SINTE-RN defende que seja feita uma avaliação.
“A função desses fóruns é receber propostas que serão votadas no fórum estadual, do qual participarão delegados de todos os segmentos.”
A participação de toda comunidade escolar é muito importante, para que entre em vigor uma lei que represente os anseios da maioria.
Aqui na DIRED de Umarizal(14ª ) será realizado em 18/05, está muito próximo, se liguem para participar. Poderão participar representantes de todos os seguimentos de escola, ou seja, representantes de professores, funcionários, alunos gestores e etc.
Os representantes deverão ser escolhidos pelos seus pares dentro de cada seguimento e um dos pontos que será discutido é a questão de reeleição dos diretores de Escola.
Nesse sentido é importante a participação de todos, mas para isso é necessário fazermos boas escolhas daqueles que irão representar cada seguimento para que estes entrem no processo de discussão sem medo de afronta para que depois não tenhamos o processo democrático de escolha das Direções de escolas comprometido, aos moldes do sistema.

domingo, 25 de abril de 2010

De onde ela vem?

A Idéia
(Augusto dos Anjos)

De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!

Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!

Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas do laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica ...

Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No mulambo da língua paralítica