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domingo, 20 de junho de 2010

Lula, como sempre, trai os trabalhadores e veta o fim do fator previdenciário

O anúncio foi dado pelo ministro Guido Mantega a poucas horas da estreia da seleção na Copa. A luta dos aposentados, porém, garantiu reajuste de 7,7%, maior que os 6,14% negociados pelas centrais sindicais traidora com o governo.
Lula esperou até o último momento para anunciar a sua decisão sobre a Medida Provisória dos aposentados aprovada pelo Congresso. Finalmente, divulgou o que faria poucas horas antes do primeiro jogo da seleção brasileira na Copa do mundo. E não surpreendeu. Mantendo aquilo o que já vem fazendo em seu governo, Lula vetou o fim do fator previdenciário, medida aprovada pela Câmara e pelo Senado após diversas mobilizações dos aposentados.
O fator havia sido imposto pelo governo FHC em 1999 e tem como objetivo adiar ao máximo as aposentadorias. Ele estabelece uma conta para o cálculo das aposentadorias que leva em consideração a expectativa de vida, o tempo de contribuição e a idade do assegurado, fazendo com que o trabalhador receba menos quanto mais cedo ele se aposentar. Na prática, obriga os trabalhadores a trabalharem cada vez mais, sob o risco de terem seus benefícios reduzidos.

Reajuste

Se Lula vetou o fim do fator, por outro lado, mesmo a contragosto, o presidente foi obrigado a sancionar o reajuste de 7,7%. Mesmo insuficiente, ele é maior que os 6,14% que o governo havia combinado com as centrais sindicais traidoras, como CUT e Força Sindical. No Congresso, a pressão dos aposentados fez com que esse índice subisse para 7,7%, mesmo com todas as ameaças e chantagens do governo.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT), que integrou a tropa de choque contra os aposentados no Congresso, chegou a dizer que os aposentados “não tem o que reclamar”. Ele reafirmou que o índice havia sido um acordo com as centrais. “Os 6,14% foram um acordo entre as centrais e o governo federal. Não foi um número cabalístico”, disse, expondo o papel que CUT e Força Sindical cumpriram, de rebaixar o reajuste que até o governo estaria disposto a conceder.
Mesmo assim, o ministro da Fazenda Guido Mantega, afirmou que o governo vai compensar o reajuste aumentando o corte no Orçamento para além dos R$ 10 bilhões anunciados recentemente. Para isso, vai cortar mais R$ 1,6 bilhão. “O presidente Lula nos liberou para fazer os cortes necessários, que vão compensar os 7,7%”, disse Mantega.

A luta não terminou

O veto de Lula reafirma sua política para os aposentados. Só para lembrar, em 2003, logo em seu primeiro mandato, Lula impôs a reforma da Previdência no setor público. Já em 2006, vetou o reajuste de 16,6% aprovados pelo Congresso, como parte da recomposição das perdas desde o governo Collor. Agora, veta o fim do fator. Esse caso expõe agora de forma mais clara o papel cumprido pela CUT que, além de não defender o fim do fator previdenciário, negociou um reajuste muito menor que o governo, que foi até mesmo rechaçado pelo Congresso. O índice negociado foi ainda utilizado pelo governo a toda hora para negar um reajuste maior.
A lição que fica, é a importância que teve a força da mobilização dos aposentados. Foi a luta que desbloqueou a negociação rebaixada e traidora da CUT, impôs o fim do fator no Congresso e garantiu o reajuste de 7,7%. E, mesmo com o veto de Lula, a luta pelo fim do fator previdenciário não terminou. O Congresso pode ainda derrubar o veto. A mobilização dos aposentados agora tem que girar novamente do Planalto para o Congresso, obrigando os parlamentares a derrubarem o veto e pondo um fim definitivo ao fator previdenciário.

Grifo nosso: Hoje, a grande luta do trabalhador(a) é desruir os sindicatos pelegos como a CUT, Força Sindical, CTB, CNTE, SINTE e outros, ao mesmo tempo que organizemos uma grande central classista e socialista que seja capaz de abraçar todas as organizações sociasis e as minorias oprimidas para, juntos, retomarmos as direções dessas lutas e assim reconuistarmos direitos, furtados pelo governo do PT com o apoio do sindicalismo pelego, e seguir na busca da construção de uma sociedade socialista. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso nos deixa muito entrestecidos, pois olhamos para frente e não encontramos em quem votar.Não encontramos um só candidato que esteja a favor do TRABALHADOR.

Gabriel disse...

Camarada,o grande problema da classe trabalhadora, bem como de todos os setores da sociedade brasileira que tem, apenas, como instrumento de informação a imprensa buguesa,que evitam chegar até nós informações de nomes e propostas de candidatos sem vinculo com a burguesia, visto que esta, juntamente com as algemas do sistema(leis), prestam ese grande desserviço as classes trabalhadora. Eis a importância de participarmos mais ativamente das grandes decisões na política nacional.