Veja como ficou a sede do SINTE depois da Reforma

domingo, 26 de dezembro de 2010

Eu não gosto de você Papai Noel...!

"Eu não gosto de você Papai Noel! Também não gosto desse seu papel de vender ilusão pra burguesia. Se os meninos pobres da cidade soubessem o desprezo que você tem pelos humildes; pela humildade, eu acho que eles jogavam pedra em sua fantasia.
Talvez você não se lembra mais, eu cresci me tornei rapaz, sem nunca esquecer daquilo que passou... Eu lhe escrevi um bilhete pedindo o meu presente... a noite inteira eu esperei contente... Chegou o sol, mas você não chegou. Dias depois meu pobre paicansado me trouxe um trenzinho velho, enferrujado, pôs na minha mão e falou:Tome filho, é pra você. Foi Papai Noel que mandou! E vi quando ele disfarçou umas lágrimas com a mão. Eu inocente e alegre nesse caso, pensei que meu bilhete, embora com atraso, tinha chegado em suas mãos no fim do mês. Limpei ele bem limpado, dei corda, o trenzinho partiu, deu muitas voltas... O meu pai então se riu e me abraçou pela ultima vez. O resto eu só pude compreender depois que cresci e vi as coisas com a realidade.
Um dia meu pai chegou assim pra mim como quem tá com medo e falou: - Filho, me dá aqui seu brinquedo, eu vou troca por outro na cidade. Então eu entreguei o meu trenzinho quase a soluçar, como quem não quer abandonar um mimo, um mimo que lhe deu quem lhe quer bem. Eu supliquei... Pai! Eu não quero outro brinquedo, eu quero meu tenzinho... Não vai leva meu trem, pai...! Meu pai calou-se e de seu rosto desceu uma lágrima que até hoje creio tão pura e santa assim só Deus chorou, ele saiu correndo, bateu a porta assim, como um doido varrido. A minha mãe gritou: -José! José! José... Ele nem deu ouvido, foi-se embora e nunca mais voltou...
Você! Papai Noel, me transformou num homem que a infância arruinou...Sem pai e sem brinquedo, afinal, dos meus presentes não há um que sobre da riqueza de um menino pobre, que sonha o ano inteiro com a noite de Natal! Meu pobre pai, mal vestido, pra não me ver naquele dia desiludido, pagou bem caro a minha ilusão... Num gesto nobre, humano e decisivo, ele foi longe demais pra me trazer aquele lenitivo; tinha roubado aquele trenzinho do filhodo patrão! Quando ele sumiu, eu pensei que ele tinha viajado, só depois de eu grande minha mãe em prantos me contou... que ele foi preso, coitado! E transformado em réu. Ninguém pra absolver meu pai se atrevia. Ele foi definhando na cadeia até que um dia, Nosso Senhor... Deus nosso Pai...Jesus entrou em sua cela e libertou ele pro céu."

*Texto de Aldemar Paiva.

sábado, 25 de dezembro de 2010

O que nos espera no governo Dilma?

Formação do novo governo e declarações de ministros apontam o pior: ajuste fiscal seguido de reformas contras os trabalhadores

Imagine a seguinte cena: um candidato qualquer à presidência da República em seu programa eleitoral na TV. Começa o discurso lamentando as condições externas não serem tão favoráveis quanto foram nos anos anteriores. Avisa sobre o perigo da inflação, que já ultrapassa as metas do governo e do rombo nas contas da Previdência. Promete então um duro corte nos gastos públicos, um reajuste minúsculo para o salário mínimo e, de quebra, uma redução no valor pago pelos empresários ao INSS dos empregados. Por fim recomenda “mão pesada” nas contas do governo.
Claro que nenhum candidato diria uma coisa dessas. Mas é justamente o que o governo vem anunciando nos últimos dias, há apenas poucas semanas após as eleições, quando sua candidata, Dilma Roussef, prometia o céu na Terra. Fechadas as urnas e contabilizados os votos, o governo pôde tirar a máscara e mostrar claramente sua política econômica para o próximo período. E ela será exatamente o que anunciou à imprensa o ministro da Fazenda Guido Mantega, que deve permanecer no cargo no próximo mandato, “mão pesada” nos gastos públicos, leia-se, no Orçamento incluindo áreas como Saúde, Educação e Previdência pública.
Durante o auge da crise econômica mundial, no final de 2008, e seus reflexos quase imediatos no Brasil, o governo Lula pôs em prática uma política de ajudas, financiamentos públicos às empresas e isenções de impostos. Poderia ter decretado a proibição das demissões, estatizando as empresas que insistissem em demitir, e reduzido a jornada de trabalho como forma de abrir novos postos. Mas, ao invés de ter uma política voltada aos trabalhadores, preferiu garantir os lucros dos banqueiros e empresários, à custa do dinheiro público. Agora, com a fatura sendo despachada, a depender do futuro governo serão novamente os trabalhadores que pagarão a conta de uma crise que se aproxima.

Crise na Europa
Se tem algo que o governo está certo, é quando diz que a situação internacional não será tão favorável nos próximos anos. Se o governo Lula pôde surfar a onda do crescimento econômico mundial, que aumentou a demanda por commodities (matérias-primas básicas) e possibilitou acumular superávits (ou “lucros” com o mercado externo), agora a situação é outra. Nos EUA, que foi o trem que puxou o resto da economia mundial, a crise está longe de terminar e faz uma legião de 15 milhões de desempregados em todo o país.
Mas é na Europa que a crise se mostra cada vez mais dramática. A série de isenções de impostos e ajuda aos banqueiros e empresários cobram agora seu preço, revelando os enormes rombos nos orçamentos públicos. A bola da vez deste final de ano é a Irlanda, que gastou o equivalente a 32% de seu PIB para salvar os bancos. A Grécia, por sua vez, reaparece com um rombo maior ainda. Em praticamente todos os países, os governos impõem brutais cortes nos investimentos, atingindo a Educação e praticamente todas as áreas sociais. Na Inglaterra, os restos do Estado de Bem-Estar Social estão sendo destruídos, terminando o trabalho iniciado pelo governo Tatcher há 30 anos.
Mas o que isso tem a ver com o Brasil? No campo de um mercado globalizado e, pior, com uma economia dominada pelas empresas multinacionais e investidores estrangeiros, como a nossa, é inevitável que essa crise chegue por aqui. Só para se ter uma ideia, a Europa compra 21% das matérias-primas que o Brasil exporta. Cerca de 10% da capital bancário no país é espanhol, e os bancos da Espanha estão ligados aos países quebrados. E tudo isso representa, além da redução nas exportações, mais repasses de lucros das filiais bancárias para a matriz, como ocorre no Santander.
Concluindo o cenário sombrio para o próximo ano, o próprio governo prevê um rombo de 50 bilhões de dólares com o mercado externo em 2011. Ou seja, o país vai ficar 50 bi mais pobre no próximo ano.

O time do ajuste fiscal
Além da situação externa, a formação da equipe econômica do governo Dilma já adianta o que virá a seguir. O segundo posto mais importante da República, a Casa Civil, só abaixo do presidente, estará a cargo de Antônio Palocci Filho. O petista é considerado o homem dos banqueiros do partido. Para quem não se lembra, foi Palocci quem, logo no início do governo Lula em 2003, mais bancou a política de ajuste fiscal e juros altos.
Pouco antes de ser cassado por corrupção e quando ainda era ministro, Palocci tentava emplacar a ideia do chamado “déficit nominal zero”. Um duro ajuste fiscal para reduzir os gastos públicos, a fim de que, mesmo com o pagamento de R$ 185 bilhões de juros da dívida pública aos banqueiros por ano, o governo não tenha déficit, ou seja, prejuízo. Hoje, o governo só tem superávit se não é considerada essa conta dos juros, caso contrário o déficit chega a 2% ou 3%.
Para completar o time do ajuste fiscal estão Miriam Belchior no Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central, dois nomes desconhecidos pela população, mas que já estão no governo hoje. Ou seja, comprometidos com a manutenção da atual política econômica.

Preparar a resistência
Para o início do governo Dilma, o ministro Guido Mantega já anunciou um corte de R$ 20 bilhões logo de cara. Já se fala, porém, em cortes da ordem de R$ 45 bilhões dos gastos públicos correntes, ou seja, em gastos com salários e manutenção de serviços públicos.
Além disso, em meio à campanha eleitoral, o jornal carioca O Globo divulgou que a atual equipe econômica já estaria formulando uma nova reforma da Previdência para o próximo mandato. Na época, Dilma negou a informação, mas nos últimos dias o atual ministro do Planejamento e futuro dono das Comunicações, Paulo Bernardo, vem insistindo na necessidade da reforma. “Fatalmente vamos ter de discutir regras novas. Um bom ponto de partida seria tentar uma reforma que signifique uma mudança importante para quem vai entrar no mercado”, afirmou à revista Brasil Atual, ligada à CUT.
A reforma da Previdência do setor público em 2003, feita por Lula logo no início do mandato, pegou muitos de surpresa. Para a grande maioria da população, o novo governo gerava tremendas expectativas. Grande parte da esquerda, por sua vez, não acreditava que o governo Lula começaria com um ataque tão grande

 Desta vez, porém, não faltam avisos.
Cabe aos trabalhadores e suas organizações prepararem desde já a resistência a esses ataques, a exemplo da reunião que ocorreu em 25 de novembro em Brasília com a presença da CSP-Conlutas e dezenas de entidades sindicais e de movimentos populares, que aprovou a formação de um espaço para a organização de jornadas de lutas já para o primeiro semestre de 2011. Uma nova reunião acontece em 27 de janeiro, também em Brasília.

Fonte: Sindsaude Mossoró

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

CHAPA 1 É ELEITA COM 65% DOS VOTOS

Eleições - Sindsaúde/RN Mossoró

A maioria dos trabalhadores decidiu. A Chapa 1 - Avançar na Luta - foi eleita a nova direção do Sindsaúde/RN Regional de Mossoró com 65% dos votos. O resultado foi divulgado pela Comissão Eleitoral ainda na noite de 16 de dezembro, último dia de votação. A chapa vencedora, que é ligada à CSP - Conlutas, recebeu 905 votos (65%) contra 450 (32%) do grupo derrotado. Brancos e nulos somaram 3%. Ao todo, foram registrados 1389 votantes.
Das 13 urnas existentes, a Chapa 1 venceu em 9, incluindo as dos Hospitais Tarcísio Maia (278 votos contra 91), Rafael Fernandes (70 contra 27) e a da sede do sindicato (90 contra 6). Em outras três urnas, houve largas vitórias, como no caso das do Abolição II, III e IV (88 votos contra 10), do Vinght Rosado I e II (55 contra 1) e do INOCOOP (31 contra 1).
Para a nova direção do Sindsaúde Mossoró, que terá uma renovação de 70%, essa vitória representa o respaldo da categoria e a continuidade de um projeto político de luta, independente dos governos e democrático. “Não podíamos deixar o sindicato retroceder na luta nem na democracia para os trabalhadores. Nossa vitória mostra que a base quer continuar com a política correta.”, disse Nadjane Silva, agente de saúde e diretora eleita.
Para o coordenador João Morais, os trabalhadores reconheceram a luta da direção. “É o reconhecimento do trabalho da direção e a certeza de que vamos avançar cada vez mais na luta.”, destacou. “Agora temos que nos preparar para os ataques dos governos Dilma, Rosalba e Fafá em 2011, que virão juntos com a crise econômica e a nova reforma da previdência, que vai impedir a aposentadoria.”, alertou João Morais.
Depois do resultado da vitória, a Chapa 1 foi fazer sua comemoração. Entre apoiadores e novos diretores, o canto era um só: “Para manter democracia, é chapa 1 diretoria.”.

Fonte: Sindsaude - Mossoró

P.S Mesmo abalados com a perda da Companheira Da guia, os(as) camaradas da diretoria da Regional de Mossoró mantiveram acesa a chama da Luta democrática e, de acordo com os dados acima, foram plenamente recompensados pelo apoio da base. Certamente toda direção eleita dedicará essa vitória a Da Guia, pelo seu legado e pelas trilhas construidas por onde atuou. Descansa Da Guia que a luta continua...!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

COMUNIDADES CARIOCAS: Nem o crime organizado, nem a ocupação militar

JULIO CONDAQUE, DA SECRETARIA ESTADUAL DA CSP-CONLUTAS RJ E DO QUILOMBO RAÇA E CLASSE

O Estado tem que garantir emprego, saúde, educação, habitação e saneamento básico. As eleições terminaram e com isso acabou também o período das falsas promessas. E, agora, os trabalhadores e o povo pobre continuam seu sofrimento. Logo após o final da contagem dos votos os preços dos alimentos dispararam, também subiram as tarifas, mas os salários continuam os mesmos. O governo já anunciou a intenção de retirar direitos sociais e trabalhistas. Para os trabalhadores fluminenses e cariocas o sofrimento é maior. Eles estão impedidos de sair às ruas sem colocar em risco suas vidas.

Os moradores de comunidades carentes do Rio de Janeiro vivem sob uma pressão terrível. De um lado são vítimas de agressões frequentes devido ao domínio do crime organizado, de outro sofrem as consequências de sucessivas incursões policiais que trazem sempre a violência e a discriminação racial e social contra inocentes.
Durante a campanha eleitoral, o candidato à reeleição Sérgio Cabral afirmava que sua política de segurança reduziria a violência nas comunidades mais pobres da cidade e do Estado. Mas não é isso o que estamos vendo. A partir deste 21 de novembro a falsa propaganda eleitoreira foi desmascarada. A ocupação militar das comunidades da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão, longe de garantir uma vida melhor para estas populações, só trará uma vez mais a ilusão de que se pode acabar com o tráfico de drogas apenas prendendo alguns “soldados” do crime, que se escondem nos morros.
O comércio ilegal de drogas é um negócio capitalista, internacional e muito lucrativo. A venda das drogas chamadas de ilícitas tem por trás grandes empresários, policiais, políticos, membros do judiciário, enfim, uma grande empresa cujas ramificações são dentro do próprio Estado.
Infelizmente, mais uma vez vemos a situação se repetindo. As incursões policiais, desta vez com uma grande espetacularização pela mídia, provocam um aumento da criminalização da pobreza. Entretanto, apesar de todo o estardalhaço da mídia, "O Rio contra o crime", o que está em curso é uma política populista do Governo do Estado do Rio de Janeiro, com o apoio incondicional do Governo Federal e da Prefeitura. O objetivo de Sérgio Cabral, Eduardo Paz e de Lula é garantir os negócios da especulação imobiliária e das obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, para isso buscam ganhar a opinião pública para a sua política de ocupação militar destas comunidades.
Não defendemos de forma nenhuma o tráfico de drogas e o crime organizado. Para os trabalhadores e o povo pobre, o crime organizado não é nenhuma alternativa de uma vida melhor. Entretanto, para de fato acabar com o tráfico ilegal não basta invadir favelas, é necessário a prisão e confisco dos bens daqueles que patrocinam este comércio, dos corruptos e corruptores.
Acabar com o tráfico de drogas deve ser uma ambição de todos. Mas, isso não pode significar dar apoio e uma “carta branca” para que estas comunidades sejam ocupadas militarmente, com violações constantes dos direitos individuais de seus moradores, com revistas absurdas em suas casas, nas ruas de suas comunidades, agressões, prisões ilegais , entre outras agressões inaceitáveis.
A única forma realista de se acabar com o tráfico é legalizando as drogas, com o monopólio de sua distribuição pelo Estado, enfrentando a dependência destas substâncias como uma questão de saúde pública, e não de repressão contra os usuários.
As drogas e armas não são produzidas nas comunidades carentes. A esmagadora maioria delas é importada, passam pelas fronteiras, atravessam o país e a cidade até serem vendidas e consumidas. Os verdadeiros traficantes não são tocados. São empresários e banqueiros que financiam a violência para aumentar seus lucros. Esses são responsáveis pelo sofisticado armamento e pela presença de drogas no Rio de Janeiro.
Neste momento, a maioria da população destas comunidades acaba apoiando as ações da polícia e das forças armadas porque acredita que a ocupação militar de suas comunidades trará uma vida melhor, mais segura. Mas, a realidade já começa a demonstrar que a presença da força policial só significará mais desrespeitos, repressão e desespero. E estas operações só servem para aprofundar os assassinatos da juventude pobre e negra. Seu principal objetivo não passa de uma limpeza étnica para preparar a cidade para os grandes eventos internacionais já mencionados.
Os trabalhadores não podem confiar na polícia, hoje ela tem como objetivo proteger a propriedade privada e não a vida do povo pobre. Defendemos o fim da PM, a desmilitarização da polícia, sua unificação e que ela seja subordinada e controlada pelos próprios trabalhadores, suas organizações sindicais e populares. Da mesma forma, defendemos o direito à sindicalização dos policiais.
Propomos que o Estado ocupe estas comunidades com políticas públicas gratuitas e de qualidade. O que estas populações precisam é de empregos, saúde, educação, habitação e saneamento básico. Não precisam da presença da polícia e das forças armadas de um estado que não defende ou garante seus direitos.
Além disso, as UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), não resolvem o problema de segurança pública, porque não resolvem o problema social enfrentado pelos trabalhadores e povo pobre dos morros do Rio de Janeiro. As UPPs não garantem empregos, salários dignos, saúde, educação e moradia para aqueles que moram nas comunidades.
Por isso, convocamos todas as entidades do movimento sindical, popular e estudantil, a OAB, a ABI e as demais entidades que lutam pela democracia para realizar uma ampla campanha contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais. Uma campanha que exija o fim imediato das ocupações militares nas comunidades carentes do Rio e investimentos em serviços públicos de qualidade.


Donte: http://www.conlutas.org.br/

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A GUERRA...!, QUE GUERRA?

A guerra está aí, nos pratos vazios e nos livros com palavras que não se juntam.
A guerra está aí, na fome que dói e no analfabetismo que destrói.
A guerra está aí, estampada em dores fortes, em letras de morte.
A guerra está aí, para quem quiser ouvir, nos sussurros dos que não comem e nos erros dos que não sabem ler.
A guerra está aí, para quem quiser ver, no corpo raquítico, nos olhos de quem não sabe escrever.
A guerra é bem clara, desmascara a invenção de um falso crescimento.
A guerra escancara uma realidade escondida em prol de vitórias políticas.
A guerra que mata, de fome e de desinformação.
A guerra de ricos contra explorados. A guerra de políticos contra pobres coitados. Dos fortes contra os fracos.
Mas esta guerra se faz em silêncio, sem explosão de bomba ou tiros disparados.
Nesta guerra não há reação do outro lado.

Meu Deus, vejo que me enganei, não é guerra, é massacre!

Fábio Melo

domingo, 21 de novembro de 2010

DEZ ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PELA MÍDIA PARA NOS ENGANAR

O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

10 MOTIVOS PARA SE LIMITAR O TAMANHO DA PROPRIEDADE DA TERRA NO BRASIL

1- Porque a concentração de terra é a grande responsável pela miséria e fome em nosso país.

2 - Porque no Brasil se uma pessoa quiser comprar todas as terras privadas de Norte a Sul, de Leste ao Oeste, pode! Pois não existe uma lei que limite o tamanho da propriedade de terra no nosso país.

3 - Porque o latifúndio e o agronegócio, no ultimo século, expulsaram mais de 50 milhões de pessoas do campo, provocando o surgimento de milhares de favelas em todo o País, onde vivem mais de 80 milhões de brasileiros e brasileiras em condições desumanas. Se não houver uma Reforma Agrária decente este número vai aumentar ainda mais.

4 - Porque muitas famílias sem terra poderiam ter acesso à terra e com isso aumentaria a produção de alimentos, pois a agricultura familiar e camponesa é a responsável pela produção dos alimentos da mesa dos brasileiros.

5 - Porque são as pequenas propriedades que produzem alimentos orgânicos, livre dos agrotóxicos e é um direito das populações do campo e da cidade ter uma alimentação saudável

6 - Porque a agricultura familiar e camponesa cria muito mais empregos. Emprega 15 pessoas a cada 100 hectares, enquanto que o agronegócio emprega apenas duas.

7 - Porque o latifúndio e o agronegócio são os grandes responsáveis pela violência no campo e pela exploração do trabalho escravo.

8 - Porque banqueiros, grandes empresários e corporações internacionais são donos de grande parte dos latifúndios. Muitos nunca plantaram um pé de cebola.

9 - Porque 1% dos estabelecimentos rurais, com área de mais 1 mil hectares e ocupa 44% de todas as terras, enquanto praticamente 50% dos estabelecimentos com menos de 10 hectares, ocupam somente, 2,36% da área.

10 - Porque no século passado pelo menos 20 países estabeleceram um limite para propriedade rural, entre eles países desenvolvidos como Itália, Japão, Coréia do Sul. Agora é a nossa vez!

Se você concorda que é preciso acabar com a concentração de terras e riqueza em nosso país. Se você está cansado de tanta desigualdade e acredita que com uma Reforma Agrária justa podemos desenvolver o Brasil não só economicamente, mas também no âmbito social, gerando renda, empregos e distribuição de renda, você pode ajudar a mudar o Brasil!
Exerça sua cidadania e mostre que, juntos, podemos conquistar o que é de direito de todos os brasileiros e brasileiras. Esse é o caminho para destruição do Capitalismo.
E o quer isso..., Capitalismo?

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O governo, mais uma vez, sinaliza descumprir acordos

O Governador Iberê até agora continua sinalizando que não vai cumprir a lei do PCCR dos funcionários, aprovadae sancionada em Julho pelo próprio. Só que naquele período ele estava concorrendo a reeleição para governador e achou que os trabalhadores iriam entrar nesse. Enganou-se, não entraram, pois já haviam aprendidos bastantes com a "Professora" e governadora Vilma Faria, que só faria, mas não fez em várias vezes, por isso a galera reprovou os dois(Vilma e Berê), só que este continua com o mau costume de querer enganar, mas olhe, acho que não vai parar por aqui não! deverá acontecer uma greve grande e se ele não cumprir esse plano, o governo Berê poderá entregar o estado ao próximo governo em greve. É assim que estasmos percebendo no semblante dos trabalhadores da Educação.


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Luta por Ajustes na Educação

Como sempre têm acontecido, os governos tentam fazer ajustes metodológicos para amenizar os dados estatísticos fracassados que vem sendo apresentados sobre a Educação em todos os níveis das esferas de governo, e no nosso estado não tem sido diferente.
Desta vez está se confirmando a proposta diferenciada para o ensino médio noturno, onde até agora estava funcionando apenas como experimento em algumas escolas, daqui para frente certamente passará a ser uma realidade em todo ensino médio noturno, pois conforme mostra o registro com professores (as) das cidades de Portalegre, Luiz Gomes e Pau dos Ferros vindo de Natal, onde participaram por três dias de capacitações para se moldarem a tais ajustes.

O que muito nos preocupa é que nunca se vê os ditos governos convidarem os professores (as) para uma discussão ampla sobre os reais problemas que emperram a Educação, dentre eles, sem dúvida, estão os salários que, acreditamos, até que provem o contrario, será o principal responsável pelo grande fracasso da Educação brasileira. 

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Brasil é rico, mas não é justo.

Relatório da ONU (Pnud), divulgado em julho, aponta o Brasil como o terceiro pior índice de desigualdade no mundo. Quanto à distância entre pobres e ricos, nosso país empata com o Equador e só fica atrás de Bolívia, Haiti, Madagascar, Camarões, Tailândia e África do Sul.
Aqui temos uma das piores distribuições de renda do planeta. Entre os 15 países com maior diferença entre ricos e pobres, 10 se encontram na América Latina e Caribe. Mulheres (que recebem salários menores que os homens), negros e indígenas são os mais afetados pela desigualdade social. No Brasil, apenas 5,1% dos brancos sobrevivem com o equivalente a 30 dólares por mês (cerca de R$ 54). O percentual sobe para 10,6% em relação a índios e negros.
Na América Latina, há menos desigualdade na Costa Rica, Argentina, Venezuela e Uruguai. A ONU aponta como principais causas da disparidade social a falta de acesso à educação, a política fiscal injusta, os baixos salários e a dificuldade de dispor de serviços básicos, como saúde, saneamento e transporte.
É verdade que nos últimos dez anos o governo brasileiro investiu na redução da miséria. Nem por isso se conseguiu evitar que a desigualdade se propague entre as futuras gerações. Segundo a ONU, 58% da população brasileira mantém o mesmo perfil social de pobreza entre duas gerações. No Canadá e países escandinavos, este índice é de 19%.
O que permite a redução da desigualdade é, em especial, o acesso à educação de qualidade. No Brasil, em cada grupo de 100 habitantes, apenas 9 possuem diploma universitário. Basta dizer que, a cada ano, 130 mil jovens, em todo o Brasil, ingressam nos cursos de engenharia. Sobram 50 mil vagas... E apenas 30 mil chegam a se formar. Os demais desistem por falta de capacidade para prosseguir os estudos, de recursos para pagar a mensalidade ou necessidade de abandonar o curso para garantir um lugar no mercado de trabalho.
Nas eleições deste ano votarão 135 milhões de brasileiros. Dos quais, 53% não terminaram o ensino fundamental. Que futuro terá este país se a sangria da desescolaridade não for estancada?
Há, sim, melhoras em nosso país. Entre 2001 e 2008, a renda dos 10% mais pobres cresceu seis vezes mais rapidamente que a dos 10% mais ricos. A dos ricos cresceu 11,2%; a dos pobres, 72%. No entanto, há 25 anos, de acordo com dados do IPEA, este índice não muda: metade da renda total do Brasil está em mãos dos 10% mais ricos do país. E os 50% mais pobres dividem entre si apenas 10% da riqueza nacional.
Para operar uma drástica redução na desigualdade imperante em nosso país é urgente promover a reforma agrária e multiplicar os mecanismos de transferência de renda, como a Previdência Social. Hoje, 81,2 milhões de brasileiros são beneficiados pelo sistema previdenciário, que promove de fato distribuição de renda.
Mais da metade da população do Brasil detém menos de 3% das propriedades rurais. E apenas 46 mil proprietários são donos de metade das terras. Nossa estrutura fundiária é a mesma desde o Brasil império! E quem dá emprego no campo não é o latifúndio nem o agronegócio, é a agricultura familiar, que ocupa apenas 24% das terras, mas emprega 75% dos trabalhadores rurais.
Hoje, os programas de transferência de renda do governo (incluindo assistência social, Bolsa Família e aposentadorias) representam 20% do total da renda das famílias brasileiras. Em 2008, 18,7 milhões de pessoas viviam com menos de metade do salário mínimo. Se não fossem as políticas de transferência, seriam 40,5 milhões. Isso significa que, nesses últimos anos, o governo Lula tirou da miséria 21,8 milhões de pessoas. Em 1978, apenas 8,3% das famílias brasileiras recebiam transferência de renda. Em 2008 eram 58,3%.
É uma falácia dizer que, ao promover transferência de renda, o governo está "sustentando vagabundos". O governo sustenta vagabundos quando não pune os corruptos, o nepotismo, as licitações fajutas, a malversação de dinheiro público. Transferir renda aos mais pobres é dever, em especial num país em que o governo irriga o mercado financeiro engordando a fortuna dos especuladores que nada produzem. A questão reside em ensinar a pescar, em vez de dar o peixe. Entenda-se: encontrar a porta de saída do Bolsa Família.
Todas as pesquisas comprovam que os mais pobres, ao obterem um pouco mais de renda, investem em qualidade de vida, como saúde, educação e moradia.
Relatório da ONU (Pnud), divulgado
Frei Betto 

domingo, 31 de outubro de 2010

Resoluções nacional da CSP - Conlutas

Independente de quem ganhe a eleição presidencial novo governo fará ataques à classe trabalhadora
A reunião nacional da CSP-Conlutas realizada em Sarzedo (MG) aprovou uma resolução sobre o segundo turno das eleições presidenciais. Baseada nas resoluções do Conclat, reafirma não acreditar nos candidatos da burguesia representados por Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSBD). Portanto, a classe trabalhadora está diante de uma falsa polarização e deve se preparar para lutar contra os ataques aos seus direitos independemente do governo que saia vencedor.

Leia a a resolução da Central.
Considerações:

- A realização do segundo turno disputado por estas duas candidaturas representa a garantia para a burguesia de que o novo governo seguirá aplicando os planos de ajustes, que representam a ampliação dos lucros das grandes empresas e o aprofundamento dos ataques aos direitos da classe trabalhadora e do conjunto dos explorados e oprimidos;


- Portanto, ganhe uma ou outra candidatura, o novo governo aprofundará os ataques, como por exemplo a já anunciada nova reforma da previdência que buscará aumentar a idade mínima para a aposentadoria, entre outras contra-reformas que buscarão retirar ainda mais os direitos dos trabalhadores;


- Neste segundo turno, chama também enorme atenção a intensificação de debates sobre temas profundamente reacionários, com a verdadeira campanha pela ampliação da criminalização do aborto e da união civil de casais do mesmo sexo.

A Coordenação Nacional da CSP Conlutas resolve:

1 - Sobre as eleições de 2010 a coordenação nacional da CSP-CONLUTAS reafirma sua posição em relação ao segundo turno das eleições em base a resolução definida no Conclat, ou seja: “Em relação as eleições de outubro devemos rejeitar a falsa polarização entre Dilma (PT/PC do B) e Serra (PSDB/DEM) que defendem os mesmos projetos políticos e econômicos e indica aos trabalhadores e ao conjunto dos movimentos sociais a rejeição veemente aos candidatos burgueses.”

2 -
Desde já preparar a Central, suas entidades e movimentos filiados e a nossa base social para a necessidade de intensificarmos as mobilizações no ano de 2011 em defesa de nossos direitos e das reivindicações da classe trabalhadora e dos explorados e oprimidos, independente de quem será o novo presidente eleito.

sábado, 23 de outubro de 2010

A inauguração da sede do Sinte na Regional em Umarizal


O Coordenador, Erivan, e parte da Diretoria da Regional

Cledina e Eu - Umarizal, Socorro - São Gonçalo do Amarante e os tres camaradas de Ceará Mirim
 Diante de muitos problemas que enfretamos, apois assumirmos a coordenação desta Regional que era dirigida pelo o PT há dez anos,  por sermos oposição à coordenação estadual tudo era negado,inclusive informações, acesso as reuniões de planejamento, meios de comunicação como o extra classe, alem da propria defesa dos interesses da categoria que quando se tratava de alguem de nossa base o acesso sempre se percebia frio.
Com tudo esse isolamento da Corrdenação Estadual para conosco, acredito que orientado pelo PT, por ser esse o modelo de governar e de se relacionar com os adiversários dele, isso é o que se percebe, mas conseguimos: Pagamos todas as dívidas deixadas pela gestão anterior(acima de R$ 15.000,00), levamos as informações verdadeiras(não fizemos enganação) a categoria, mobilizamos a categoria em todoa os embates com os governos quando foi preciso(pena que na maioria das vezes toda categoria era traida com as negociações falsas em consequência do atrelamento político deles ao governa de Vilma Farias e de Lula), providenciamos todos os encaminhamentos de ordem jurítica e politica em defesa da categoria, promovemos três grandes confraternizações ao dia do professor e do funcionário, promovemos uma confraternização natalina em Martins, promovemos um atividade política/social no 08 de março em Rafael Godeiro e outra no dia do trabalho em Olho D'agua e realizamos a reforma da sede que estava em ruinas e sem nenhumas condições de uso. Por tudo isso entendemos que, pelo menos parte dessa ações, devem ficar registradas aqui.



É um orgulho ter o respeito da base








sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Coordenadora estadual em visita a Regional de Umarizal

Pela primeira vez, em nossa gestão, que faz oposição a direção estadual do Sinte, a Coordenadora estadual do Sinte/RN - Fátima Cardoso vei a nossa Regional e, am assembléia da categoria em Olho D'agua, Patu e aqui em Umarizal repassou informações sobre o PCCR dos funcionários e dos porfessores alem de outros informes que interessam a categoria. Vejam a sequencia de baixo para cima: Olho D'agua, Patue Umarizal...




quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Professora morre em Patu vítima de ca

No seputamento, colegas de trabalho prestam última homenagem..

Os problemas da educação

Na escola Xavier Fernandes os trabalhadores em educação discutem os problemas existentes em consequencia dos descasos dos governos.                              

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Como Vota o PSTU no 2º turno?

Nem Dilma, nem Serra

Voto contra a direita no segundo turno é voto nulo

No segundo turno das eleições vão se enfrentar Dilma e Serra. Vai haver uma pressão grande entre os trabalhadores no sentido de votar em Dilma “para evitar a volta da direita”.
O PSTU tem total acordo com a luta contra a oposição de direita. Somos radicalmente contra a volta da turma do FHC. No primeiro turno, o PSTU teve seu programa final cassado pela justiça a pedido do PSDB. Isso ocorreu por termos mostrado que Serra- que atacava Dilma por corrupção- também tinha o rabo preso, por ter apoiado o ex-governador Arruda, de Brasília. Isso foi parte de nossa batalha contra a oposição de direita, que ocorreu em todo o primeiro turno.
Mas lutar contra a direita não significa votar em Dilma Roussef. A direita não é representada nessa campanha só por Serra. Direita e esquerda são termos relativos, mas em geral a direita representa a grande burguesia. E hoje, no Brasil, as grandes empresas estão divididas. Um setor apóia Serra, o que é mais que evidente nas empresas de TV e jornal. Outro setor, que inclui uma parte dos banqueiros (talvez a maioria), as multinacionais, os governos imperialistas, apóia política e financeiramente as duas campanhas, com um leve pendor para Dilma.
Não é por acaso que a candidatura de Dilma arrecadou bem mais que a de Serra junto às grandes empresas. Não é por acaso o apoio dos governos imperialistas para marcar aqui as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Tampouco foi um acaso que a cotação do dólar se manteve estável nas eleições, chegando a baixar um recorde inferior a 1,6 reais.
Temos duas candidaturas em defesa do grande capital nas eleições, duas candidaturas de direita. Votar por Dilma ou por Serra é votar na manutenção do plano econômico neoliberal aplicado por FHC e continuado por Lula. É votar contra a reforma agrária que foi bloqueada por FHC e também por Lula. É votar na ocupação militar do Haiti defendida por Dilma e Serra.
Qualquer um dos dois vai atacar os trabalhadores duramente quando a crise econômica internacional voltar a se abater sobre o Brasil. Tanto um como outro já anunciaram sua disposição de mudar a previdência, atacando mais ainda os aposentados. Pense nisso: cada voto em Dilma no segundo turno é uma força a mais para uma nova reforma da previdência. Uma votação em Serra teria a mesma conseqüência.
Votar em Serra seria votar junto com FHC, Cesar Maia, Yeda Crusius, velhas figuras da direita desse país. Votar em Dilma seria votar junto com Maluf, Collor, Sarney, Jader Barbalho, outras figuras da mesma direita.
Por esses motivos, votar contra a direita nesse segundo turno é votar nulo. Chamamos os trabalhadores e jovens que nos acompanham a seguir votando em nossa legenda 16, que agora vai significar um voto nulo.

Direção Nacional do PSTU

sábado, 2 de outubro de 2010

GEOPOLÍTICA DA VERGONHA


Maria Lucia Victor Barbosa
21/03/2010

Um dia disseram a Lula da Silva que ele mudaria a geopolítica mundial. A idéia megalômana era a de projetar em curto prazo o Brasil como potência que ultrapassasse as existentes, especialmente, os Estados Unidos.
De imediato o presidente da República encampou a inebriante sugestão e assumiu o papel de super-homem também a nível internacional. Para uso interno já lhe havia sido construída a imagem de super-herói com traços divinizados, pois o Brasil, segundo a lenda da propaganda, se divide entre antes e depois de Lula da Silva.
Naturalmente, foram planejadas eficientes estratégias que culminaram no atual estado de coisas de total alienação popular, domínio dos partidos políticos, do Legislativo, do Judiciário e das instituições. Importante também a manutenção do poder, algo projetado para no mínimo vinte anos conforme sempre apregoou o sempre todo-poderoso José Dirceu.
A meta está focada em destruir o Estado de Direito democrático que inclui as liberdades civis, entre elas a de pensamento e de mercado, e os direitos humanos. Provém daí o estridente antiamericanismo que, na América Latina tem em seus expoentes os irmãos Castro, Hugo Chávez e seus satélites e, porque não, Lula da Silva que ultimamente tem aumentado tom e ritmo das provocações aos Estados unidos.
Note-se que na política externa, orientada basicamente por Marco Aurélio Garcia, o Brasil tem se posicionado a favor da escória mundial. Desse modo, nosso país tem vergonhosamente se calado sobre as violações de direitos humanos em Cuba, no Irã, na Coreia do Norte, no Sudão, no Congo, em Sri Lanca.
Acrescente-se que o presidente da República fica à vontade quando se trata de ir à Venezuela fazer campanha para Chávez e outros vizinhos que são companheiros. Porém, se absteve de comparecer á posse do presidente eleito no Chile, Sebastián Piñera, anatematizado por ser de direita.
O Brasil violou a soberania da pequena e valente Honduras, introduzindo na embaixada brasileira, a mando de Hugo Chávez, o defenestrado Manoel Zelaya. Lula da Silva tem visitado e apoiado ditadores africanos, mas o espetáculo mais vergonhoso aconteceu durante sua última viagem à Cuba, quando protagonizou espetáculo deprimente ao confraternizar alegremente com os ditadores Castro, enquanto o corpo martirizado do dissidente Orlando Zapata esfriava no caixão. Ao mesmo tempo, o presidente brasileiro fez ouvidos moucos às súplicas dos dissidentes cubanos, defensores da liberdade, e os rotulou de bandidos. Certamente, o super-homem que contém o vírus da paz e do diálogo, classificará também as damas de branco, que em Cuba foram às ruas em protesto pacífico em nome da liberdade, de bandidas.
Mas nosso super-homem não pode parar. O mundo o espera para continuar a girar. Então, partiu em missão na qual as mais importantes autoridades mundiais têm falhado há anos: intermediar um acordo de paz entre israelenses e palestinos, em que pese ambos os lados ter afirmado que não lhes interessa tal mediação. Mas o fantasma do cubano Orlando Zapata Tamayo parece assombrar Lula da Silva, pois sua passagem pelo Oriente Médio converteu-se num novo fiasco.
Em vão governo e oposição israelenses cobraram de Lula apoio as sanções contra o Irã. Como aconteceu com Hillary Clinton durante sua visita ao Brasil, ele demonstrou inabalável fidelidade ao amigo e aliado, Mahmoud Ahmadinejad. E fez mais para afrontar o povo judeu: se recusou a depositar flores no túmulo de Theodor Herzl, fundador do sionismo, portanto, defensor da autodeterminação dos judeus através de um Estado próprio. O insulto foi mais uma brilhante idéia de Marco Aurélio Garcia, que avaliou a solenidade como uma contradição a posição brasileira pró-palestinos.
Como compensação ao desacato, Lula colocou uma coroa de flores no memorial do Museu do Holocausto, em Jerusalém, enquanto repetia em performance shakesperiana: “nunca mais, nunca mais, nunca mais”. O desempenho teatral, contudo, não o impede de ser aliado de Ahmadinejad que nega o Holocausto e prega obsessivamente a destruição de Israel.
Após a passagem por Israel, Lula da Silva se encontrou com o presidente da autoridade palestina, Mahmoud Abbas. Muito a vontade, subiu o tom contra a expansão dos assentamentos, pregou a derrubada do muro construído por Israel nas suas fronteiras com a Cisjordânia como medida defensiva e aproveitou a crise entre Israel e Estados Unidos para de novo se oferecer como mediador dos conflitos e até conversar com o grupo terrorista Hamas. Colocou flores no túmulo de Yasser Arafat para marcar a diferença.
Lula da Silva não chegou num bom momento em Cuba nem em Israel. Em maio fará mais uma viagem, desta vez ao Irã. Se no dia de sua chegada, mais opositores ao governo de Ahmadinejad estiverem sendo enforcados, saberemos se a sorte do “cara” acabou ou não de vez como líder de uma nova e vergonhosa geopolítica mundial.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
www.maluvibar.blogspot.com

sábado, 18 de setembro de 2010

O resultado inafastável da conciliação de classe: Sargento Regina expõe as vísceras da democracia burguesa


Na noite do dia 03 de setembro de 2010 foram divulgados - anonimamente - diversos vídeos que pareciam ser de reuniões de assessoria, onde a vereadora (e candidata a Deputada Estadual) pelo PDT, Sargento Regina, expõe todas as vísceras da democracia burguesa.

Em um dos vídeos (que foram editados, provavelmente para não mostrar as vozes dos outros participantes da reunião), Regina diz que ir para uma disputa eleitoral para a Assembléia Estadual sem "visualizar 700 mil reais de gastos, é inviável". Regina diz ainda que ninguém vai trabalhar de graça para elegê-la e que as "lideranças" precisam ser compradas, pelo menos pelo preço da estrutura necessária à campanha. Segundo ela, "um quer mil", outro "mil e quinhentos" e assim sucessivamente.

Em outra passagem, Regina mostra profundo desacordo político com José Agripino Maia (senador do RN conhecido pelo seu histórico de políticas em favor dos interesses dos empresários, latifundiários e marcado por um dos maiores escâdalos de compra de votos da história do estado: o Escândalo "Rabo de Palha"), afirmando não ter "nenhuma ressonância" com a sua política e que precisa apenas do seu dinheiro.

Regina faz ainda diversas alusões à Câmara dos Vereadores de Natal e escancara todo o jogo político de troca de favores, afirmando que todos eles têm direito a cargos na Prefeitura. Regina denuncia ainda diversos vereadores, dentre eles Raniere Barbosa (ex-secretário do atual candidato a governador pelo PDT, Carlos Eduardo) e George Câmara (candidato a Deputado Estadual pelo PCdoB). O primeiro, teria ficado "milionário" depois de supostamente ter roubado "o que quis e o que não quis" e o segundo, de ter sido financiado pelo "império" do Sindicato dos Petroleiros do RN.

Independentemente de Regina participar ou não do esquema a que ela mesma fez alusão, o importante desse fato é que dele retiramos duas lições importantíssimas, ambas já confirmadas pela história e defendidas pelo PSTU.


O poder econômico determina o resultado das eleições

Vivemos em uma aparente democracia, mas na verdade, é uma democracia burguesa, para os ricos. Para os trabalhadores e para os pobres, o regime é de ditadura, na medida em que a desigualdade econômica e a divisão de classes na sociedade são os elementos fundamentais que não permitem a todos exercer a tão falada "cidadania".

Embora todos possam votar e ainda que o voto do burguês tenha o mesmo valor do voto do trabalhador, as eleições são processos profundamente anti-democráticos, pois suas regras não são determinadas pelos trabalhadores, mas por quem detém o poder.

O tempo dos programas eleitorais é dividido para privilegiar quem já está no poder, a participação restrita nos debates é restrita aos partidos que têm represetação no parlamento, os grandes meios de comunicação só dão cobertura às candidaturas que eles querem eleger, enfim, todos os mecanismos que ajudam a determinar em quem as pessoas vão votar são todos controladas pela classe dominante. Para não haver nenhum risco de que algo saia do "script", temos ainda o poder econômico, que é o que garante as condições dos candidatos se tornarem conhecidos nos mais longínquos rincões e ainda, comprar o apoio dos cabos eleitorais e o voto da população miserável.

Por isso, o que vimos no vídeo de Regina disse sobre a ânsia por dinheiro para vencer as eleições, é a mais pura verdade. Nas eleições, é o poder econômico quem decide e é por isso que as eleições não podem mudar a vida, na medida em que quem possui o dinheiro para ser gasto nesse processo não são os trabalhadores, e sim, a burguesia.


"Quem paga a banda, escolhe a música": A independência de classe como princípio

Ao passo que para vencer as eleições no atual regime é preciso de muito dinheiro, uma polêmica central se estabelece: quem pode financiar as campanhas que pretendem ser vitoriosas?

A resposta está na própria divisão de classes que existe na sociedade. Os empresários, os banqueiros, os latifundiários, enfim, a burguesia, são aqueles que possuem as fábricas, os bancos, as terras, as empresas e os meios de produção. Os trabalhadores possuem apenas a sua força de trabalho, que é comprada pela burguesia por um valor muito inferior ao que realmente é produzido. Por isso que os patrões enriquecem e os assalariados trabalham a vida inteira, mas a riqueza que acumulam só dá para sua sobrevivência. Dessa forma, quem possui capital excedente para investir maciçamente em campanhas eleitorais não são os trabalhadores, mas a burguesia.

Se nesta sociedade só quem pode financiar as campanhas vitoriosas é a burguesia, entra em debate uma questão muito importante, mas infelizmente esquecida por parte significativa dos setores ditos de esquerda: a independência de classe.

No capitalismo não existe solidariedade. A burguesia investe nas candidaturas que ela considera viáveis, mas não porque é solidária a um projeto político, e sim, porque faz um investimento. A fatura da conta é sempre cobrada depois que os candidatos são eleitos, seja na forma de distribuição de cargos, licitações, contratações e até desvio de recursos públicos.

Foi esse o caminho que seguiu o PT, antes o maior partido de esquerda da América Latina e hoje um partido sem qualquer limite de classe, que se aliou aos capitalistas, aos banqueiros e justamente por isso, governa para eles. É por esse motivo que nenhuma das três candidaturas (nem Dilma, nem Serra, nem Marina) se colocou, por exemplo, a favor do plebiscito pelo limite da terra no Brasil. Eles simplesmente não podem se comprometer com isso, pois já se comprometeram política e financeiramente com os donos dos latifúndios.

Esse destino do PT é o mesmo de tantos outros, e agora também de Regina, que se vê obrigada, mesmo expressando ter desacordo político, em estar ao lado de um dos representantes da burguesia potiguar. Regina disse não concordar em nada com Agripino, mas se vê obrigada a estar com ele (e conseqüentemente com sua política), por um simples motivo: precisa do seu dinheiro para se eleger.


Reconhecer-se enquanto classe nas eleições e nas lutas: vote e lute com o PSTU

A desigualdade dessa sociedade só vai mudar quando os trabalhadores se reconhecerem enquanto classe, apoiando-se apenas nas suas próprias forças. As vezes que a classe trabalhadora procurou o atalho de se unir com a burguesia, o resultado foi desastroso: não se conseguiu resolver os problemas que historicamente afligem os trabalhadores e milhões de consciências que acreditavam nos líderes, nas organizações e nos partidos da nossa classe se destruíram, se desiludiram.

É por esse motivo que nós do PSTU sempre fizemos, estamos fazendo e continuaremos fazendo campanhas extremamente modestas nas eleições, pois nos negamos a receber qualquer tipo de ajuda dos patrões e da burguesia. É esse princípio que norteia o nosso principal bordão, elogiado por uns e odiado por outros: "Contra burguês!". Nossas campanhas são financiadas pelos militantes e pelos trabalhadores que apóiam a causa do socialismo e, humildemente, colaboram conosco com uma fração do pouco que recebem.

Participamos das eleições porque temos clareza de que é possível garantir o mínimo de condições dignas de vida (educação, saúde, salário, emprego, terra, etc.) se a escala de prioridades que hoje é seguida pelos governos for invertida, mas, sobretudo, porque queremos dialogar com a classe trabalhadora e mostrar que as eleições não resolverão seus problemas e que somente a sua luta pode transformar essa sociedade.

FONTE: http://juary-chagas.blogspot.com/2010/09/o-resultado-inafastavel-da-conciliacao.html

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A democrácia é como se fosse uma brincadeira de faz de conta

Democracia? Onde?! Onde?!

“A liberdade de eleição permite que você
escolha o molho com o qual será devorado.”

(Eduardo Galeano)

Como é estranha e complexa esta coisa que os homens do poder chamam de democracia. Dizem que em nossa sociedade, a cada dois anos, somos chamados a exercitar o tão proclamado e inalienável direito de votar. Tão inalienável que mesmo aquele que não deseja votar é obrigado a fazê-lo. Essa obrigação, que de tempos em tempos os donos da bola decidem proibir, faz parte do jogo da democracia, já que é através dela que elegemos nossos representantes. Ou não. Bom, pelo menos é o que dizem. (...)


TEXTO COMPLETO NO BLOG - AS CRÔNICAS DO JOÃO

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Quem não tem cão cassa com gato

segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Eleições


Contra censura da mídia, Jornal Brasil de Fato vai mediar debate entre os candidatos da esquerda

Debate vai ocorrer no próximo dia 21 e terá transmissão aberta pela Internet

Representantes do PCB, PCO e PSTU se reuniram na tarde desse dia 2 de setembro na sede do jornal Brasil de Fato, em São Paulo, para discutirem a realização de um debate entre os candidatos da esquerda à presidência.
O objetivo principal do debate é denunciar o veto que a grande imprensa impõe às candidaturas da esquerda, ao mesmo tempo em que impõe a falsa polarização entre PT e PSDB.
O convite à reunião foi enviado também ao PSOL, mas o partido não enviou representante e até a publicação desta nota não havia confirmado a presença de Plínio de Arruda no debate. Estiveram presentes os candidatos Ivan Pinheiro (PCB) e Rui Pimenta (PCO), além de Eduardo Almeida, da direção nacional do PSTU, representando Zé Maria. O editor chefe do Brasil de Fato, Nilton Viana, ficou responsável por indicar um mediador do jornal ao debate.

Furando o bloqueio da mídia

A ideia é realizar um amplo debate, com transmissão em vídeo pela Internet num “pool” de sites, que agregasse não só os partidos envolvidos e o Brasil de Fato, mas também demais veículos da imprensa alternativa, sindicatos e entidades dos movimentos sociais e populares.
O debate deve ser realizado no próximo dia 21 de setembro e será aberto à participação de jornalistas da grande imprensa, que poderão fazer perguntas aos candidatos. Internautas também poderão enviar questões para serem respondidas pelos debatedores.
Uma comissão formada pelos representantes dos partidos presentes na reunião ficou responsável em elaborar uma nota oficial a ser divulgada amplamente, assim como em definir os detalhes do debate.

sábado, 14 de agosto de 2010

Educação piora em 14 Estados, e o RN está nessa.

Análise do Todos Pela Educação, com base nos dados do Ideb 2009, mostra que ensino de qualidade para todos é um desafio
 
Educação fica mais desigual em 14 estados
 
Simone Harnik*
Da Redação do Todos Pela Educação

As diferenças entre o desempenho das escolas aumentaram em 14 das 27 redes estaduais nos anos finais do Ensino Fundamental, aponta estudo do Todos Pela Educação. A pesquisa foi feita com base em uma comparação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2005 com o de 2009.

Veja a nota técnica com as análises sobre os dados


* A desigualdade é medida pelo coeficiente de variação que, tecnicamente, é calculado na divisão do desvio padrão pela nota média no Ideb.

Baixe aqui as planilhas sobre as redes estaduais
Baixe aqui as planilhas sobre as redes municipais


"As informações mostram que o País tem um desafio grande a enfrentar até a universalização da qualidade do ensino", afirma Mozart Neves Ramos, membro do Conselho do Todos Pela Educação. "É preciso que os gestores públicos olhem estes números com uma lupa, para que possam enxergar as dispersões dentro de seus estados e municípios. Este estudo traz a oportunidade de analisar os números mais detalhadamente."

Segundo os dados, das 14 redes, quatro não atingiram as metas definidas pelo Ministério da Educação. Ou seja, ficaram aquém nas médias e ainda apresentaram maior variação de desigualdade na oferta do ensino.

"Podemos notar também que, quanto maior o Ideb do estado, menor a desigualdade educacional nele", diz Mozart. Isso pode ser concluído pelo gráfico abaixo. Os pontos representam os estados – no eixo horizontal está o Ideb e, no vertical, a medida da desigualdade.


 Fonte: Todos Pela Educação com dados do Ideb 2009

Desigualdade nos municípios
Na análise dos municípios, foram considerados somente os que têm 15 ou mais escolas com Ideb registrado em 2005 e 2009 – resultando num total de 205 redes. Foi estudada a oferta nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Com isso, foi possível notar que 124 cidades se tornaram mais desiguais educacionalmente – ou seja, houve um aumento na diferença de desempenho entre as escolas. Dos municípios que cumpriram a meta do Ideb, 119 apresentaram maior variação de desigualdade na oferta do ensino e 62 menor.

Em geral, nos municípios, também é possível observar que, quanto maior o Ideb, menor é esta variação em sua rede. No gráfico estão pontuadas todas as cidades que têm mais de 15 escolas e tiveram o Ideb 2009 divulgado. No eixo horizontal está o Ideb e, no vertical, a medida da desigualdade.


Fonte: Todos Pela Educação com dados do Ideb 2009


Nota técnica
As análises levam em conta dois momentos: o cenário do Ideb em 2005 e o de 2009. Nestes quatro anos, mais escolas passaram a participar da Prova Brasil, que compõe o indicador do Ministério da Educação (MEC).

Um número maior de instituições participantes pode fazer com que uma rede fique mais ou menos desigual – o que pode ter alterado o cenário de 2005 para 2009.

O estudo foi dividido em duas partes: para avaliação da equidade nos anos finais do Ensino Fundamental foram utilizados os dados das escolas estaduais, já que esta etapa do ensino fica a cargo, principalmente, das unidades da federação; já a verificação da desigualdade nos anos iniciais do Ensino Fundamental usou as informações das escolas municipais, pois as prefeituras são as maiores responsáveis por esta etapa do ensino.

* Colaborou Camilla Salmazi

Fonte: todos pela educação.


Grifo nosso: Vale salientar que foram oito anos sem reajustar salários dos professores, negando nossos direitos, as escolas faltando professores e funcionários de apoio, um governo que tinha no seu bojo o apoio incondicional do Sinte/RN. Não podemos esquecer que esse governo sempre foi aliado do governo   Lula do PT e da Dilma. Um governo que foi péssimo para os trabalhadores e enganador dos miséraveis. vamos destrui-los ajudem-nos a construirmos o Socialismo!!!



domingo, 1 de agosto de 2010

Estatudo da igualdade racial

A aprovação de uma farsa
Projeto marca um retrocesso nas reivindicações históricas do movimento, como a política de cotas

Por Cláudia Durans, pré-candidata a vice-presidente pelo PSTU, e Hertz Dias

• Foi com entusiasmo que o ex-ministro da Igualdade Racial Edson Santos celebrou a aprovação do Estatuto da (des)Igualdade Racial pelo Senado. Mas não há nada o que comemorar, pois o texto não representa as reivindicações históricas do povo negro. O estatuto, durante o tempo em que tramitou no Congresso, sofreu ataques da direita e de setores burgueses até ser aprovado totalmente diferente do projeto original.
O fato revela o cinismo e a perversidade da burguesia racista, herdeira econômica, política e culturalmente dos escravocratas, que pretende continuar mantendo a exploração, a opressão e a humilhação da população negra.
A expectativa era de que o Estatuto da Igualdade Racial fosse um instrumento que de fato contribuísse para enfrentar a discriminação racial. E que também estabelecesse políticas de ações afirmativas para garantir os direitos essenciais dos afrodescendentes vitimados pelo processo de histórico de escravidão.
No entanto, o que poderia ter sido um avanço não passou de um acordo entre o PT, através do senador Paulo Paim (RS), a SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e representantes do agronegócio e ruralistas, por meio do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), relator na Comissão de Constituição e Justiça.
Assim, o estatuto aprovado é a síntese mais fiel da aliança de forças nacionais que representa o governo Lula. A secretaria de igualdade racial deste governo nada fez de concreto para reduzir as desigualdades raciais no Brasil. Ao contrário, não passou de acessório, de uma simbologia racial para cooptar parte da militância negra.
Desta forma, o estatuto aprovado suprimiu pontos importantes como as cotas para negros nas universidades públicas, o que não nos causa espanto, pois o relator defende as “cotas sociais” e não raciais, e que o acesso à universidade deve ser baseado no “princípio do mérito e da capacidade de cada um”.
Da mesma forma, foram suprimidas as cotas do mercado de trabalho, assim como a redução do percentual de 30% para 10% de cotas reservadas à participação de negros em partidos políticos.
Outro aspecto importante excluído do texto original foi o que tratava da regularização de terras para remanescentes de quilombos, um erro muito grave. A retirada deste tema não considera os quilombolas como proprietários de territórios historicamente ocupados, como forma de sobrevivência física e cultural desta população. Acrescentou-se a esse documento o incentivo fiscal que o governo poderá dar a empresas com mais de 20 funcionários que decidirem contratar pelo menos 20% de negros.
Há ainda neste estatuto erros gravíssimos do ponto de vista conceitual, a exemplo da retirada das categorias raça, escravidão e identidade negra. No que se refere a raça, o argumento utilizado enfatiza que do ponto de vista genético as raças não existem. No entanto, como conceito social, esta categoria ganhou um novo significado através do movimento negro e por intelectuais de várias áreas de conhecimento. O sentido é o de deixar clara a hierarquização da sociedade brasileira, na qual os grupos étnicos foram e são marcados por profundas desigualdades e discriminações.
Na mesma direção, foi rejeitado o termo escravidão, pois ele foi considerado como tradicional e inadequado, pois se trata de algo do passado. Como a sociedade brasileira está em transição, emergindo para uma sociedade democrática, com propostas de ações afirmativas que visam acabar com as desigualdades sociais, “escravidão” não seria o termo mais adequado.
Ora, a escravidão do negro no Brasil durou quase quatrocentos anos, em contraste com apenas 122 anos de trabalho livre, o que constitui uma prolongada experiência histórica que até hoje deixa marcas profundas nessa população, tanto no que se refere ao acesso aos bens materiais e culturais, como na dificuldade de construção da identidade étnica.
Não restam dúvidas que o Estado brasileiro tem uma dívida histórica com o povo negro. O estatuto seria uma forma de buscar assegurar direitos políticos, econômicos, sociais e culturais desta população, através de uma política de ações afirmativas que dessem conta das demandas históricas.
Precisamos desfazer os mitos junto à população submetida à miséria, à violência cotidiana e aos programas assistencialistas, que reiteram a subalternidade e retiram a dignidade do ser humano. Assim como o significado do governo Lula, que tem suas raízes no movimento operário, que confirma as políticas racistas e reacionárias do DEM, impossibilitando o acesso da juventude à educação superior, da população negra a políticas de saúde diferenciadas, dos remanescentes de quilombo à terra.
Somamo-nos às 24 organizações do movimento negro que se manifestam contra a versão atual do Estatuto da Igualdade Racial, esvaziado de conteúdo de justiça racial. O estatuto aprovado não tem força de lei, foi rebaixado, tendo o caráter de apenas autorizar e não determinar, fazer cumprir. Isto fica visível inclusive com a retirada de recursos para sua execução pelos gestores, que não são obrigados a colocarem-no em prática.
O estatuto está na contramão dos avanços nas lutas institucionais do movimento negro contra o racismo, a exemplo da política de cotas implementada em muitas universidades públicas.
Conclamamos a juventude, as trabalhadoras e os trabalhadores negros para a luta contra a dominação racista, contra a exploração, por melhores condições de trabalho e de existência, para que reine a liberdade e as diferenças sejam respeitadas. Em defesa das cotas para negros nas universidades públicas! Pela titulação de terra aos remanescentes de quilombos!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Fórum de Educação discute mudanças na Lei de Gestão Democrática

A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC) realizou, nesta quarta feira (14), o fórum estadual de educação para discutir, votar e aprovar propostas de alteração da lei complementar nº 290/2005. A lei regulamenta o processo de gestão democrática, nas escolas da rede estadual, tendo como um dos principais dispositivos as eleições para diretores e vice-diretores escolares.
Além de professores, estudantes e gestores da educação, participaram do evento, os delegados eleitos nos dezesseis fóruns regionais realizados pela Coordenadoria dos Órgãos Regionais de Educação (CORE). Os fóruns elegeram os delegados, dentre membros integrantes da comunidade escolar, para terem direito a voto no fórum estadual e apresentou propostas de alterações da lei.
Na solenidade de abertura o governador, Iberê Ferreira de Souza, ressaltou que a lei 290 foi um avanço, "pois ela deu o direito e a oportunidade da comunidade escolher quem ela quer para administrar a sua escola, mas a lei precisa ser aperfeiçoada para garantir o seu sucesso", disse.
Aos educadores, o governador lembrou que para administrar uma escola o diretor tem que ter noção de gestão pública. "Às vezes a gente conhece uma pessoa muito boa, que tem bom coração, mas que administrando é um fracasso", comparou.
Nesse sentido, o governador destacou a necessidade de oferecer cursos de capacitação na área de gestão para que os diretores e vice-diretores, eleitos, possam desempenhar um bom trabalho nas escolas. "É preciso qualificar professores e gestores escolares. Hoje em dia ou se qualifica ou faz uma péssima gestão", afirmou.
Sobre a falta de professores em salas de aula, o governador fez questão de afirmar que não admite mais esse problema. Os processos para contratação de professores temporários e professores efetivos do quadro estão em andamento. "Esse negócio de ficar dentro de gabinete, recebendo informações de assessores não cabe mais na gestão pública", afirmou o governador.
O secretário estadual da Educação, Otávio Augusto, lembrou que o momento é significativo dentro de um processo histórico, em que o país vem buscando o aperfeiçoamento da democracia. "Esta lei não veio por acaso. Ela foi aprovada por segmentos da sociedade que lutaram muito por ela e conseguiram sua aprovação junto ao poder constituído",destacou.
Dentre os principais pontos com propostas de alterações, elaboradas nos 16 fóruns realizados, estão as avaliações destinadas aos próprios gestores, o tempo de gestão - que hoje é de 2 anos com direito à reeleição - e o projeto político pedagógico. Quanto a este último, o objetivo é fazer com que os gestores escolares não se sintam donos das escolas no período de seus mandatos e que os projetos sejam voltados, exclusivamente, para a escola
Fonte: Agência RN