Veja como ficou a sede do SINTE depois da Reforma

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A greve já superou limites históricos. E o DEM se perpetuará como fundamental no absolutismo governamental

Nós aprendemos no dia a dia, nas relações sociais construídas no trabalho, na família, na rua, nos bares, nos locais de esporte, cultura e lazer e etc, que em um debate, uma discussão ou até mesmo em um bate boca a ponto de se ir às vias de fato, que que fala mais alto ou quem faz maior numero de ameaças é quem de fato tem razão ou segurança para fazer o que está falando.
No caso da nossa greve, os poderes executivo (governo:  Rosalba, Paulo de Tarso e Betânia Ramalho), Judiciário (procurador do Estado, promotora da educação, desembargador e ministério público) se unem numa cruzada conservadora e reacionária para atacar os trabalhadores em greve. O poder legislativo (deputados) se somam a eles pela omissão.
Mas qual a leitura que devemos fazer desses senhores e senhoras dos três poderes tão degenerados, depravados e promíscuo uns com os outros? Eles falam com todo rancor e desprezo aos trabalhadores na midia vendida, que a greve é ilegal e, portanto, nós temos que obedecer uma decisão da justiça, ou seja, voltar imediatamente, sem reclamar, à sala de aula, para não impedir os alunos de receberem 200 dias letivos de aulas. Nesse caso, os alunos não podem nem deve ser prejudicados por uma greve.
Depois de setenta e sete dias de greve os três poderes promíscuo dizem que: se não voltarmos às salas de aula, eles, senhoras e senhores honrados e cumpridores de seus deveres, irão punir o sindicato com multa diária de R$ 10.000,00 por dia de descumprimento, irão contratar professores para ministrarem aulas aos alunos do terceiro ano do segundo grau para que os mesmos não percam o vestibular e ENEM, portanto, ameaçam substituir todos os professores do segundo grau da rede estadual. Esses senhores e senhoras paladinos da justiça afirmam também que irão responsabilizar o SINTE civilmente para que nosso sindicato pague os custos com esses professores, que vão suspender as consignações que os sócios do SINTE pagam todo mês. Mas esses senhores e senhoras, que têm mais medo do povo que o diabo tem da cruz que eles e elas beijam todo dia, juram que vão demitir todos os grevistas que não obedecerem a eles e elas. Vão, é a vontade desses senhores e senhoras que adoram crianças e jovens de escolas públicas, principalmente as de periferia, que eles e elas morrem de medo e sentem náuseas, pretendem instaurar 45 mil processos administrativos, ou seja, demitir todos os trabalhadores/as em educação do Estado.
No conflito entre esses senhores e senhoras que representam os três poderes e os trabalhadores em educação representados pelo nosso sindicato, não somos nós que estamos desesperados. São eles que estão desesperados e comprovam isso, com as ameaças que fazem e que se forem executar precisarão no mínimo do resto do ano para algumas. Demitir os trabalhadores em educação como pretende O Ministério Público, poderá levar até dez anos.
 A rainha está nua, o rei e seus lacaios estão nus e os trabalhadores/as dão gargalhadas com o desespero da corte.
O governo sabe que o ano letivo de 2011 já está comprometido, não acontecerá. As ameaças não são sintomas de força, mas de desespero, de preocupação porque se o ano letivo for perdido, eles também serão responsabilizados por organismos internacionais como Banco Mundial e instituições de avaliação. O MEC também vai cobrar os resultados das avaliações institucionais e vai questionar ou não enviar recursos e convernios.
Na verdade as ameaças são um sinal de que os três poderes serão responsabilizados, embora nos responsabilizem, pela perda do ano letivo. Sabem muito bem que não há possibilidade de termos 200 dias letivo em 2011, por isso que com 77 dias de greve ainda não suspenderam pagamento nem cortaram o ponto.
Sabem que se cortarem o ponto e descontarem  nesse momento da greve, não seremos obrigados a repor nada.
O que muitas vezes parece ser força na verdade é fragilidade. Nesse momento a categoria, se entender o que está acontecendo, que a situação do governo, da secretária de educação e do secretário do gabinete civil não é lá tão confortável, vai se manter firme e votar pela continuidade da greve, contra esses senhores e senhoras dos três poderes que não suportam ser contrariados por pessoas, segundo eles e elas, tão insignifiacantes.

Dário Barbosa

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