O ano letivo da rede estadual de ensino, que oficialmente começou ontem, veio com a notícia de greve dos professores. A assembleia da categoria realizada ontem, na Escola Estadual Winston Churchill, Cidade Alta, decidiu pela deflagração do movimento por tempo indeterminado. Na saúde, os servidores se uniram à greve dos médicos e o Samu Metropolitano reduziu ainda mais os serviços (leia matéria abaixo).
A exemplo dos professores do município quando deflagraram a greve, os do estado compareceram às escolas, receberam os alunos e conversaram sobre o indicativo de greve que seria decidido ainda pela manhã. Amanhã, os professores voltam novamente às escolas para anunciar o movimento aos alunos e, na quinta-feira, fazem nova assembleia para avaliação, envolvendo os profissionais também da rede municipal de Natal. Com a deflagração da greve, cerca de 325 mil alunos ficam sem aulas nas 730 escolas estaduais no Rio Grande do Norte.
O plano de reivindicações dos professores tem três pontos principais:
1º ) - piso de R$ 1.312,00 para os professores do nível médio e R$ 1.836,00 para o nível superior;
2º ) - Plano de Carreira dos funcionários da Educação;
3º ) - correção do salário dos aposentados.
De acordo com a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, Fátima Cardoso, a luta pelo piso não é apenas pelo novo valor, mas sobretudo para acabar com a falta de cumprimento à legislação por parte do governo. Segundo ela, ao longo do mês de janeiro a categoria alertou ao governo estadual através da Secretaria de Educação sobre a integralização do Piso, bem como o fim do teto salarial. "Indiferente a essa questão, o governo até o momento não se pronunciou acerca da matéria. Queremos garantir a integralização do piso salarial de acordo com o Plano de Carreira, correção aos salários dos aposentados que estão defasados desde o ano de 2006, formação de uma comissão paritária para elaboração do Plano de Carreira dos Funcionários, bem como a incorporação de gratificação aos salários", disse ela.
Sem acordo
Realizada na tarde de ontem, a reunião entre a governadora Wilma de Faria, o secretário estadual de Educação, Otávio Augusto de Araújo, e a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Fátima Cardoso, não resultou na suspensão da greve dos professores do estado. O governo do estado ficou de avaliar as reivindicações da categoria e apresentar uma proposta durante uma nova reunião, que ficou agendada para ocorrer amanhã.
Fonte: Diário de Natal
2 comentários:
é não sou contra o professor ganhar bem, mas 90% professores de hoje nao tem responsabilidade dentro de sua sala de aula, quantos alunos hoje no final do ensino medio não sabe ler e escrever corretamente. o professor chega na sala de aula e não faz nada!!!!
Meu(a) camarada,
Sua colocação (pode não ser justa, mas tem sentido) me fez lembrar um dito popular que quando criança ouvia sempre: "Papagaio come milho, maracanã leva fama", pois ele se encaixa perfeitamente a resposta ao seu comentário.
Quem quer a greve não somos nós professores, é o sistema, através dos governos de plantão, pois para isso utiliza-se de artifícios burocráticos que impedem a construção do conhecimento do aluno e, dentre estes estão os Salários (de 2006 até agora o nosso salário é o mesmo enquanto o Salário mínimo já foi reajustado cinco vezes), fora os nossos direitos que se acumulam e os governos negam, e por ultimo o sistema não quer que o aluno aprenda porque ele aprendendo, muda de compreensão e conseguintemente muda também a concepção de escolhas, ai afetaria eles que não querem perder o poder e se prejudicariam. Portanto, camarada nós vemos mais por esse lado que é o da exploração das inconsciências sociais.
Mas adorei o seu lamento e faz parte das nossas discussões.
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